quinta-feira, 22 de novembro de 2012

MORDOMIA DO PENSAMENTO




A mordomia significa: Cargo ou ofício de mordomo [Do lat. vulg. majordomu, ‘o criado maior da casa’.]. 1.Administrador dos bens de uma casa, de uma irmandade, de uma confraria, etc.; ecônomo. 2.Serviçal encarregado da administração duma casa (1); mordomado. 2.Bras. Vantagens tais como moradia, condução, criadagem, alimentação, etc., proporcionadas pelo empregador (privado ou público) a certos executivos.


              



              Recebendo A Ministração De Deus Em Nossas Mentes

Testos básicos:
Fp 4.8; 1 Co 2.9-16; 1 Co 2.16

Pensamento. Ato ou efeito de pensar, refletir, meditar; processo mental que se concentra nas idéias; Faculdade de pensar logicamente; o produto do pensamento; idéia; Reflexão, meditação; Fantasia, sonho, imaginação, etc.

“as coisas que os olhos não viral, nem ouvidos ouviram...” (1 Co 2.9), ou seja o que o homem não pode aprender por si mesmo através dos seus sentidos físicos (vs. 9), Deus revelou através do seu Espírito Santo, aos que o amam. Para ter esse discernimento da revelação do pensamento de Deus, é preciso ter o Espírito de Cristo. É preciso nascer de novo no VS 12, Paulo estabelece um contrate entre o espírito do mundo e o Espírito que provem de Deus: o espírito do mundo é o pensamento carnal, o que o homem pode conhecer através dos seus sentidos físicos, com a sua mente desvirtuada pelo pecado; portanto, uma visão distorcida de si mesmo e de toda a criação.
O homem regenerado possui o Espírito que provem de Deus. A este homem é dado conhecer gratuitamente, por meio de Cristo, a plenitude da verdade “...nós temos a mente de Cristo”. Ter a mente de Cristo é pensar como o próprio Cristo e ter a sua natureza.
A ciência tem investido recursos imensos a fim de desvendar os segredos imensos a fim de desvendar os segredos da mente humana, mas muito pouco se sabe, na realidade, sobre como funciona o nosso cérebro. Não existem limites para o numero de coisa, números símbolos imagens, Sons, sensações que a nossa mente pode armazenar. O gosto, o cheiro, a imagem, o grito perdido no meio da multidão, algo bem simples que ocorra em fração mínima de segundo, pode puxar da memória dados dos locais, fatos perdidos remotos, pode acrescentar a todos esses cognitivos que só existirão em nosso pensamento. É o que chamamos memória: símbolos, sensações. Idéias que foram sendo gravados cumulativamente em nossa mente. O pensamento humano abrange quatros (4) fases distintas, a saber:
1ª – A memória, o que é acumulado nos registros do cérebro, através dos sentidos físicos.
2ª – A analise, a avaliação dos dados da memória, a reflexão.
3ª – A imaginação, ou fantasia o que só existe internamente, sem relação formal com a realidade externa, relacionada com as emoções, com os desejos inarticulados (que não produzem, nem se realizam) e sonhos.
4ª– A elaboração do pensamento (a associação entre os dados guardados na memória e a imaginação) em ordem, para ser aplicado à realidade externa, à vida.

Mente Santificada

O salmista diz: “escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti” Sl 119.11. Esconder, aqui, é guardar, do valor no intimo, deixar que a palavra penetre profundamente na alma, no subconsciente, devido ao amor devotado ao seu autor.
Nossa mente é abastecida pelos significados de tudo o que vemos , ouvimos, sentimos e fazemos. Ouvir, ler, meditar, decorar, interpretar profeticamente na maneira de viver, são os meios através dos quais a palavra de Deus penetra em nosso coração e limpa, purificando, santifica a nossa memória, dá-nos o discernimento espiritual da verdade. Ajuda-nos a conduzir nossa imaginação, nosso sonhos, na direção da santidade do autor da palavra. “como purificarão mancebo o seu caminho?” Sl 119.9, pergunta o salmista, para responder em seguida: “observando-o segundo a tua palavra”.
Pessoas que se queixam da não poderem controlar pensamentos de impureza, ira, cobiça, inveja, pode ver, são pessoas que não procuram guardar a palavra de Deus nos seus corações.
Num tempo de tanto misticismo (intensa devoção religiosa, que produz uma crença fanática de uma idéia), temos visto os maiores absurdos nesta matéria. Pessoa que usam versículos da Bíblia escritos em papeizinhos como patuás, colocam a Bíblia debaixo do travesseiro ou aberta no meio da sala, de preferência no salmo 91; fazem uma lista de pecados cometidos e jogam a lista na fogueira ou a soltam para o céu em balões de gás; nada disso corrige a vida impura e santifica a mente e nem da paz.
 A santidade da vida é o resultado da mente, que se adquire pelo conhecimento e pratica da palavra de Deus. Não há uma formula mágica, instantânea. É processo longo, não raro penoso, pois fere nossa estrutura mental pecaminosa, quanto mais à mente estiver saturada da palavra de Deus, mas pura Poderá ser a sua vida.
Sl 19.14 “Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, SENHOR, rocha minha e libertador meu!”

Sl 1.2 “Antes, tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite”.

Js 1.8 “Não se aparte da tua boca o livro desta Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque, então, farás prosperar o teu caminho e, então, prudentemente te conduzirás”.

1Tm 4.15,16 “Medita estas coisas, ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem”.

O Pensamento Dominado Pelo Amor

Rm 5.5 “E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado”. O amor de Deus foi nos dado quando da nossa conversão a Cristo, é o referencial absoluto para que a nossa mente tenha os pensamentos de Deus. Fp 4.8 “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”. Vamos ver esta mesma verdade do lado avesso: “tudo o que é mentira, desonesto, injusto, odiável, de má-fama, se trás pecado ou condenação, Nisso Não Deveis Pensar”.
Como? O que faz diferença? É possível controlar os pensamentos? A resposta é o amor. Primeiro. Depois, o amor ao próximo, no mesmo nível do amor a si mesmo. À medida que o nosso pensamento for dominado pelo amor de Deus e ao nosso próximo, a nossa vida terá uma vida de paz. Fp 4.7 “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” Isto significa que esta além da nossa compreensão a natureza e a profundidade da paz que resulta de um pensamento direcionado pelo amor. O Amor prende e segura, da memória somente os dados positivos, benéficos. O amor não apagar da memória os fatos ruins, mas analisa-os á luz do perdão. Fp 2.5 De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”. 1 Pd 4.1 “Ora, pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com este pensamento: que aquele que padeceu na carne já cessou do pecado”.
O amor torna impossível a gestação de fantasias malignas, de imaginação pecaminosa. O pensamento elaborado sob a tensão de um amor puro é sempre um pensamento construtivo. Produz paz e torna em nós a presença de Deus. Fp. 4.9 “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco”.

Pensamento Dominado Pela Fé

A mordomia do pensamento nos leva a ultrapassar a barreira do conhecimento através da fé. 2 Cr 20.20 “E, pela manhã cedo, se levantaram e saíram ao deserto de Tecoa; e, saindo eles, pôs-se em pé Josafá e disse: Ouvi-me, ó Judá e vós, moradores de Jerusalém: Crede no SENHOR, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas e prosperareis”. – Rm 10.8 “Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos”.

O homem natural só acredita naquilo que os seus sentidos físicos podem captar Jo 20.24,25 “Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei”. Ele precisa ver alguma imagem, figura, um objeto material, um copo d’água, azeite escorrendo , precisa tocar com os dedos para poder crer.  “Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente”. Jo 20.27
Vs. 29 “Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram!”
Mt 14.30,31 “Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me. E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: Homem de pequena fé, por que duvidaste?” Essa é a origem da idolatria.

A fé vê o invisível e espera pelo impossível. Dessa maneira, a fé abre a porta do infinito à nossa mente.
Mt 15.28 “Então, respondeu Jesus e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé. Seja isso feito para contigo, como tu desejas. E, desde aquela hora, a sua filha ficou sã”.
Mt 9:2 “E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, tem bom ânimo; perdoados te são os teus pecados”.
Mt 9:22 “E Jesus, voltando-se e vendo-a, disse: Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou. E imediatamente a mulher ficou sã”.

Não estamos limitando as informações guardadas em nossa memória, mas o nosso pensamento pode avançar, pode ousar sonhar com a vida eterna e saber que isto não é fantasia inoperante, mas esperança que antecipa a glória.
A fé é como uma placa de memória que amplia ao infinito o alcance da mente humana.
1.      Quanto à memória: “...vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (Jo 14.26) e esse é pleno conhecimento dos ensinos de Jesus e o segredo da paz (vs. 27 “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.).

2.      Quanto à avaliação: Os dados da memória “Mas o que é espiritual discerne bem tudo...” 1 Co 2.15 é esse o segredo da verdadeira sabedoria (vs.13 “As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais”.

3.      Quanto à imaginação: “Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam”. 1 Co 2.9. É esse o segredo do conhecimento das profundezas de Deus (vs.10 “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus”.

Em Relação do Pensamento:
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro [a essência da verdade], tudo o que é honesto, tudo o que é justo [intrinsecamente justo], tudo o que é puro, tudo o que é amável [aquilo de que se pode gostar], tudo o que é de boa fama [aquilo de que se pode falar bem], se há alguma virtude [alguma qualidade do caráter, e se há algum louvor], nisso pensai ou ocupe o vosso pensamento” Fp 4.8.  O verbo usado por Paulo (27 vezes só em Filipenses), traduzido por “pensai”, é logizomai, que significa ponderar, calcular, avaliar.
Cabe, aqui, uma advertência. O homem não é deus. Rm 11.34 “Porque quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?” 1 Co 2.16 “Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo?...”
As expressões “pode mental”, “mentalização”, corrente do pensamento positivo”, poder interior” e outras, são formulas esotéricas (sistema filosófico religioso oculto e ocultista e caracteriza-se pelo estudo sistemático dos símbolos) que atribuem à mente humana “desenvolvida” poder sobrenatural que a mente humana não possui.

Mordomia do Conhecimento

Na mente do mordomo cristão há lugar para conhecimentos de artes e ciências. Muitos cientistas têm sido cristãos fervorosos. Não há nem sombra de incompatibilidades entre a ciência e a fé cristã. A verdadeira fé amplia as possibilidades do uso da verdadeira ciência e a verdadeira ciência amplia o potencial da Fe.
Um cientista que tenha profundos conhecimentos sobre o espaço cósmico ter a uma visão mais clara de que “os céus declaram a glória de Deus” “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos”. Sl 19:1.
 Um botânico o pode entender com maior clareza o que a Bíblia diz sobre cada planta poder se reproduzir “segundo a sua espécie” “E disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra. E assim foi’. Gn 1.11
Por outro lado, um artista cristão sempre terá maior motivação para desenvolver a sua arte, pois, além de possuir talento, ele confia na graça de Deus e na gloria do seu poder, como Johann Sebastian Bach que escrevia na suas musicas: “para a glória de Deus”.
Há uma diferencia: o cientista ateu vai até o possível, até o verificável. O cientista cristão segue em frente, pois “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem”. Hb 11.1. Se Moises fosse um cientista ateu, ele mandaria calcular a profundidade do mar vermelho, a distância percorre, e dirá “estamos perdidos”. Moisés era um homem de elevado nível de conhecimento e de inteligência e de extensa cultura, mas um homem de fé. “Então, Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o SENHOR fez retirar o mar por um forte vento oriental toda aquela noite; e o mar tornou-se em seco, e as águas foram partidas”.Ex 14.21.

Em Cristo.......
Um Abraço para todos........
 
 Pr. Capelão
Edmundo Mendes Silva

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