quarta-feira, 14 de março de 2012

Vencendo a Ansiedade

CAUSAS DA ANSIEDADE


Como a psicologia define a ansiedade?

Ansiedade é um acompanhamento normal do crescimento e do desenvolvimento humano frente a mudanças e a algumas situações inéditas e ameaçadoras. É o que g

eralmente leva a uma ação que objetiva reduzir ouextinguir uma ameaça. Ela pode ser construtiva, pois ajuda a evitar danos, alertando a pessoa para que execute certos atos que eliminem o perigo. Esses atos podem ser conscientes, como estudar para uma prova, atravessar a rua correndo para não ser atropelado, ou inconscientes, utilizando-se de mecanismos


Segundo Moore e Fine (1992), a ansiedade é um estado emocional desprazeroso, caracterizado por uma sensação de perigo iminente. Sua intensidade e duração podem variar, podendo, ainda, manifestar-se psicológica e fisiologicamente. Os sintomas fisiológicos são os mesmos que descrevemos acima, e os psicológicos são experimentados com auto-absorção apreensiva, como um sentimento de se sentir impotente ante um perigo repentino, vago ou desconhecido. Tais sentimentos podem acompanhar sintomas fisiológicos, ou surgirem sozinhos.
de defesa, tal como afastando da consciência um impulso ou idéia ameaçadora (Barlow, 2000; Dalgalarrondo, 2000; Fenichel, 1981; Kaplan & Sadock, 1999).

Para May (1977), a ansiedade é um estado de tensão de uma pessoa diante de uma situação considerada de perigo, causando a sensação dela estar agarrada, oprimida, com uma compressão do tórax, e uma confusão generalizada. Essa situação ocorre pela dificuldade em decidir sobre o papel que se deve assumir e qual atitude se deve tomar. Configura-se como uma confusão básica a respeito de nossos próprios objetivos.

Freud (1932/1976) define ansiedade como um estado afetivo, com combinações de alguns sentimentos de prazer-desprazer. A primeira ansiedade do indivíduo se dá no momento do nascimento, e é considerada como ansiedade tóxica. Ela ocorre em conseqüência de estimulação instintiva excessiva, que o organismo não tem capacidade de controlar. Freud faz a distinção entre dois tipos de ansiedade: a realística e a neurótica. A ansiedade realística é considerada uma reação normal e compreensível frente a um perigo externo, que provoca no indivíduo um estado de tensão motora aumentado. Tal tensão pode gerar duas reações diferentes: ou o indivíduo adapta-se à situação de perigo, fugindo ou se defendendo, ou o estado de tensão aumentado predomina, causando mais ansiedade, e paralisando as ações da pessoa.

Seguindo a linha de pensamento de Freud, Nunberg (1989) assinala que nos casos das fobias, a ansiedade interna é projetada em um objeto externo como forma de defesa, formando o sintoma fóbico. Quando surge o sintoma a ansiedade diminui em sua intensidade ou desaparece totalmente, e, quando o sintoma é impedido de se manifestar, surgem estados de ansiedade.

Embora todos as pessoas tenham um certo grau de ansiedade, em algumas, em virtude de fatores individuais, ou ligados à complexidade da sociedade em que vivem, a ansiedade normal torna-se patológica, determinando assim alguns quadros clínicos. No organismo humano existe um complexo circuito regulador entre o sistema imunológico e o endócrino que está envolvido nos processos de adaptação ao meio. Este circuito, durante períodos de estresse, lança na corrente sangüínea encefalinas e catecolaminas, através da glândula supra-renal, e endorfinas e ACTH através da hipófise, responsáveis pela resposta do organismo, considerada como uma defesa deste para o estado de estresse. Quando existe um excesso dessas defesas, provocado pela freqüência e intensidade de agente psicossocial estressante, surgem, como conseqüência, as doenças de adaptação. Eventos traumáticos como perdas, doenças terminais, divórcios e, mesmo exames acadêmicos, podem acarretar conseqüências mórbidas do ponto de vista psiconeuroimunológico (Moreira, 2003).


A PROVIDÊNCIA DIVINA (CURA PARA A ANSIEDADE).

Gn 45.5 “…não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá; porque, para conservação da vida, Deus me enviou diante da vossa face.”Depois de o Senhor Deus criar os céus e a terra (1.1), Ele não deixou o mundo à sua própria sorte. Pelo contrário, Ele continua interessado na vida dos seus, cuidando da sua criação. Deus não é como um hábil relojoeiro que formou o mundo, deu-lhe corda e deixa acabar essa corda lentamente até o fim; pelo contrário, Ele é o Pai amoroso que cuida daquilo que criou. O constante cuidado de Deus por sua criação e por seu povo é chamado, na linguagem doutrinal, a providência divina.

ASPECTOS DA PROVIDÊNCIA DIVINA. Há, pelo menos, três aspectos da providência divina.

(1) Preservação. Deus, pelo seu poder, preserva o mundo que Ele criou. A confissão de Davi fica clara: “A tua justiça é como as grandes montanhas; os teus juízos são um grande abismo; SENHOR, tu conservas os homens e os animais” (Sl 36.6). O poder preservador de Deus manifesta-se através do seu filho Jesus
Cristo, conforme Paulo declara em Cl 1.17: Cristo “é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele”. Pelo poder de Cristo, até mesmo as minúsculas partículas de vida mantêm-se coesas.

(2) Provisão. Deus não somente preserva o mundo que Ele criou, como também provê as necessidades das suas criaturas. Quando Deus criou o mundo, criou também as estações (1.14) e proveu alimento aos seres humanos e aos animais (1.29,30). Depois de o Dilúvio destruir a terra, Deus renovou a promessa da provisão, com estas palavras: “Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão” (8.22). Vários dos salmos dão testemunho da bondade de Deus em suprir do necessário a todas as suas criaturas (e.g., Sl 104; 145). O mesmo Deus revelou a Jó seu poder de criar e de sustentar (Jó 38-41), e Jesus asseverou em termos bem claros que Deus cuida das aves do céu e dos lírios do campo (Mt 6.26-30; 10.29). Seu cuidado abrange, não somente as necessidades físicas da humanidade, como também as espirituais (Jo 3.16,17). A Bíblia revela que Deus manifesta um amor e cuidado especiais pelo seu próprio povo, tendo cada um dos seus em alta estima (e.g., Sl 91; ver Mt 10.31). Paulo escreve de modo inequívoco aos crentes de Filipos: “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (ver Fp 4.19). De conformidade com o apóstolo João, Deus quer que seu povo tenha saúde, e que tudo lhe vá bem (ver 3Jo 2).

(3) Governo. Deus, além de preservar sua criação e prover-lhe o necessário, também governa o mundo. Deus, como Soberano que é, dirige, os eventos da história, que acontecem segundo sua vontade permissiva e seu cuidado. Em certas ocasiões, Ele intervém diretamente segundo o seu propósito redentor. Mesmo assim, até Deus consumar a história, Ele tem limitado seu poder e governo supremo neste mundo. As Escrituras declaram que Satanás é “o deus deste século” [mundo] (2Co 4.4) e exerce acentuado controle sobre a presente era maligna (ver 1Jo 5.19; Lc 13.16; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb 2.14). Noutras palavras, o mundo, hoje, não está submisso ao poder regente de Deus, mas, em rebelião contra Ele e escravizado por Satanás. Note, porém, que essa auto-limitação da parte de Deus é apenas temporária; na ocasião que Ele já determinou na sua sabedoria, Ele aniquilará Satanás e todas as hostes do mal (Ap 19-20).

A PROVIDÊNCIA DIVINA E O SOFRIMENTO HUMANO.

A revelação bíblica demonstra que a providência de Deus não é uma doutrina abstrata, mas que diz respeito à vida diária num mundo mau e decaído.

(1) Toda pessoa experimenta o sofrimento em certas ocasiões da vida e daí surge a inevitável pergunta “Por quê?” (cf. Jó 7.17-21; Sl 10.1; 22.1; 74.11,12; Jr 14.8,9,19). Essas experiências alvitram o problema do mal e do seu lugar nos assuntos de Deus.

(2) Deus permite que os seres humanos experimentem as conseqüências do pecado que penetrou no mundo através da queda de Adão e Eva. José, por exemplo, sofreu muito por causa da inveja e da crueldade dos seus irmãos. Foi vendido como escravo pelos seus irmãos e continuou como escravo de Potifar, no Egito. Vivia no Egito uma vida temente a Deus, quando foi injustamente acusado de imoralidade, lançado no cárcere e mantido ali por mais de dois anos. Deus pode permitir o sofrimento em decorrência das más ações do próximo, embora Ele possa soberanamente controlar tais ações, de tal maneira que seja cumprida a sua vontade. Segundo o testemunho de José, Deus estava agindo através dos delitos dos seus irmãos, para a preservação da vida (45.5; 50.20).

(3) Não somente sofremos as conseqüências dos pecados dos outros, como também sofremos as conseqüências dos nossos próprios atos pecaminosos. Por exemplo: o pecado da imoralidade e do adultério, freqüentemente resulta no fracasso do casamento e da família do culpado. O pecado da ira desenfreada contra outra pessoa pode levar à agressão física, com ferimentos graves ou até mesmo o homicídio de uma das partes envolvidas, ou de ambas. O pecado da cobiça pode levar ao furto ou desfalque e daí à prisão e cumprimento de pena.

(4) O sofrimento também ocorre no mundo porque Satanás, o deus deste mundo, tem permissão para executar a sua obra de cegar as mentes dos incrédulos e de controlar as suas vidas (2Co 4.4; Ef 2.1-3). O NT está repleto de exemplos de pessoas que passaram por sofrimento por causa dos demônios que as atormentavam com aflição mental (e.g., Mc 5.1-14) ou com enfermidades físicas (Mt 9.32,33; 12.22; Mc 9.14-22; Lc 13.11,16).

Dizer que Deus permite o sofrimento não significa que Deus origina o mal que ocorre neste mundo, nem que Ele pessoalmente determina todos os infortúnios da vida. Deus nunca é o instigador do mal ou da impiedade (Tg 1.13). Todavia, Ele, às vezes, o permite, o dirige e impera soberanamente sobre o mal a fim de cumprir a sua vontade, levar a efeito seu propósito redentor e fazer com que todas as coisas contribuam para o bem daqueles que lhe são fiéis (ver Mt 2.13; Rm 8.28).

O RELACIONAMENTO DO CRENTE COM A PROVIDÊNCIA DIVINA. O crente para usufruir os cuidados providenciais de Deus em sua vida, tem responsabilidades a cumprir, conforme a Bíblia revela.

(1) Ele deve obedecer a Deus e à sua vontade revelada. No caso de José, por exemplo, fica claro que por ele honrar a Deus, mediante sua vida de obediência, Deus o honrou ao estar com ele (39.2, 3, 21, 23). Semelhantemente, para o próprio Jesus desfrutar do cuidado divino protetor ante as intenções assassinas do rei Herodes, seus pais terrenos tiveram de obedecer a Deus e fugir para o Egito (ver Mt 2.13). Aqueles que temem a Deus e o reconhecem em todos os seus caminhos têm a promessa de que Deus endireitará as suas veredas (Pv 3.5-7).

(2) Na sua providência, Deus dirige os assuntos da igreja e de cada um de nós como seus servos. O crente deve estar em constante harmonia com a vontade de Deus para a sua vida, servindo-o e ajudando outras pessoas em nome dEle (At 18.9,10; 23.11; 26.15-18; 27.22-24).

(3) Devemos amar a Deus e submeter-nos a Ele pela fé em Cristo, se quisermos que Ele opere para o nosso bem em todas as coisas (ver Rm 8.28).

Para termos sobre nós o cuidado de Deus quando em aflição, devemos clamar a Ele em oração e fé perseverante. Pela oração e confiança em Deus, experimentamos a sua paz (Fp 4.6,7), recebemos a sua força (Ef 3.16; Fp 4.13), a misericórdia, a graça e ajuda em tempos de necessidade (Hb 4.16; ver Fp 4.6). Tal oração de fé, pode ser em nosso próprio favor ou em favor do próximo (Rm 15.30-32; ver Cl 4.3).

CONCLUSÃO:

Nosso maior anseio deve ser a presença de DEUS e a busca de seu Reino (5142.1; 130.6). Nós temos um amigo e ajudador muito íntimo, o ESPÍRITO SANTO, fale com Ele, ouça sua meiga voz. TENHA FÉ EM DEUS, nós somos mais importantes para DEUS do que os pássaros, as flores e os ímpios, DEUS nos ama. CREIA NISSO PELO AMOR DE DEUS!!!


em Cristo Jesus

um Abraço Pr. Edmundo