quinta-feira, 25 de outubro de 2012

AS 12 RAZÕES PARA ELIMINAR O ENTRETENIMENTO DA IGREJA


Sei que o entretenimento está tão enraizado na cultura evangélica, que parecerá um absurdo a tese que defendo. Mas, além de não estar sozinho na luta contra o "culto show", estou ainda muito bem acompanhado, por pastores renomados, como Charles Haddon Spurgeon, que no século XIX já havia escrito sobre este perigo, alertando que o fermento diabólico do entretenimento acabaria levedando toda a massa em curto espaço de tempo. E é neste estado de lastimável fermentação que se encontra a massa evangélica atual.

Eti­mo­lo­gi­ca­mente, entre­te­ni­mento vem do latim inter (entre) e tenere (ter). Con­quanto se entenda entre­te­ni­mento como sendo “aquilo que diverte com dis­tra­ção ou recre­a­ção” ou “um espe­tá­culo público ou mos­tra des­ti­nada a inte­res­sar ou diver­tir”, na cons­ti­tui­ção mesma da pala­vra está pre­sente a idéia de “ter entre”.

Hoje em dia é quase impossível que uma igreja não tenha conjuntos musicais, ou corais, ou grupos de coreografia, ou cantores para se apresentar durante o culto e nos eventos por ela realizados. Na maioria das igrejas o período de culto é tomado deste tipo de apresentações, com a desculpa de que "é pra Jesus!!!". Mas, quando analisamos racionalmente (Rm 12.1,2 “Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”.), e a luz das Escrituras, a verdade é que tais apresentações não passam de entretenimento, com verniz de santidade e capa de religiosidade.

Que ninguém fique ofendido. Eu mesmo gostaria que alguém houvesse me alertado disso na época em que eu, cegamente, gastava horas com ensaios de conjuntos e de peças teatrais. E eu me convencia de que isto era a obra de Deus.
Mas, no fundo de meu coração, eu sabia que havia algo de errado, que não era nisto que Jesus esperava que seus discípulos se focassem, ou se esforçassem. Como ninguém me despertou, busquei a Deus em oração e o próprio Espírito Santo, por meio das Escrituras, convenceu-me do meu erro.

Desde então, tenho meditado tão seriamente a respeito disto, que encontrei mais de dez razões para eliminar por completo o entretenimento dos cultos nas igrejas. Temos que substituir o tempo que antes gastávamos com ensaios entre quatro paredes, pelo evangelismo bíblico na comunidade e pela oração nos lares. E, quanto às apresentações nos cultos... sinceramente, não irão nos fazer muita falta não!
Mas, vejamos porque o entretenimento deve ser eliminado dos cultos que realizamos ao Senhor:


1 - O Senhor nunca ordenou entreter as pessoas: Esta já seria uma razão suficiente, que dispensaria os demais argumentos. O problema é que raramente se encontra hoje uma igreja que queira ser bíblica composta por membros que só desejem cumprir a vontade de Deus, expressa em sua Palavra. Assim sendo, talvez sejam necessários ainda os argumentos a seguir.

2 - Entretenimento não atrai ovelhas: Chamemos de ovelhas aqueles que realmente amam a Jesus, que reconhecem a voz do Senhor e o seguem (Jo 10:27 “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem”). No entanto, a divulgação de apresentações na igreja dificilmente atrairá pessoas interessadas em Deus. Certamente será um atrativo para as que gostam de uma distração gratuita. Mas, podemos chamar a estas pessoas de ovelhas, ou não há uma grande chance de serem bodes? (Mt 25:32-33 “e diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda”).

3 - Entretenimento afasta as ovelhas: As verdadeiras ovelhas não se satisfazem com apresentações durante o culto. Elas querem oração e palavra, edificação e unção. Uma ovelha de Cristo não procura emoções, mas a Verdade, para que se mantenha firme no caminho da vida eterna (Jo 6:67 “Por causa disso muitos dos seus discípulos voltaram para trás e não andaram mais com ele”.). Quanto mais o pastor encher o culto com apresentações, mais rápido as ovelhas sairão em busca de uma verdadeira igreja, que priorize a oração e a palavra de Deus. Aos poucos, a "igreja-teatro" deixará de ter ovelhas para estar ainda mais cheia, porém de bodes, que gostam de uma boa distração. E, infelizmente, o que muitos pastores buscam hoje é quantidade, o crescimento a qualquer custo. E, com este fermento, a massa realmente cresce...

4 - Entretenimento reduz o tempo de oração e palavra: O tempo de culto já é muito limitado, chegando há no máximo duas horas. Quando se dá oportunidade para apresentações, o tempo que deveria ser usado para se fazer orações e se pregar a palavra de Deus torna-se curtíssimo. Em algumas igrejas não chega nem há trinta minutos! Como desenvolver uma mensagem expositiva em tão curto espaço de tempo?

5 - Entretenimento confunde os visitantes: Os visitantes concluem que a igreja existe em função disto: conjuntos, corais, coreografias, peças teatrais, ou qualquer outro tipo de apresentação que torne o culto um show. E eles passam a frequentar os cultos com esta expectativa, esperando pelo próximo espetáculo.

6 - Entretenimento ilude os membros: O membro pensam que está servindo a Deus com suas apresentações. Desta forma, sua consciência fica cauterizada para atender aos chamados para a Escola Bíblica, para o evangelismo e para socorrer os carentes. Afinal de contas, ele pensa que seu chamado é para as artes, e não para serviços que não lhe colocam debaixo dos holofotes (que, aliás, são muito comuns nas igrejas hoje em dia).

7 - Entretenimento é um desgaste desnecessário: Quanto esforço é despendido para que tudo saia perfeito! Uma energia que é gasta naquilo que o Senhor nunca mandou fazer! Será que ainda sobram forças para se fazer o que realmente o Senhor manda? (Lc 6:46 “ E por que me chamais: Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu vos digo?”).

8 - Entretenimento coloca os carnais em destaque: Pessoas que raramente aparecem nos cultos de oração e estudo bíblico, e que nunca comparecem ao evangelismo, geralmente são as mesmas que gostam de aparecer cantando, dançando ou representando nos cultos mais cheios. A questão é: Por que dar destaque justamente para estes membros carnais?

9 - Entretenimento promove disputas: Disputas entre membros, entre conjuntos e até entre igrejas. Quem canta melhor? Quem dança melhor? Que conjunto tem o uniforme mais bonito? Quem recebeu mais oportunidade? Quanta mediocridade carnal... (1 Co 3:3 “porquanto ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja e contendas, não sois porventura carnais, e não estais andando segundo os homens?”; Tg 4:1 “Donde vêm as guerras e contendas entre vós? Porventura não vêm disto, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?”).

10 - Entretenimento alimenta o ego: O entretenimento não gera fé, mas fortalece o ego dos que amam os aplausos e elogios. Apesar de sua roupagem "gospel", o fermento dos fariseus continua tão venenoso quanto nos dias de Jesus (Mt 23:5-6 “Todas as suas obras eles fazem a fim de serem vistos pelos homens; pois alargam os seus filactérios, e aumentam as franjas dos seus mantos; gostam do primeiro lugar nos banquetes, das primeiras cadeiras nas sinagogas” ; Lc 12:1 “Ajuntando-se entretanto muitos milhares de pessoas, de sorte que se atropelavam uns aos outros, começou Jesus a dizer primeiro aos seus discípulos: Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia”).

11 - Entretenimento é um desperdício de tempo: Se o mesmo tempo que as igrejas gastam com ensaios e apresentações fosse utilizado com Oração, Estudo Bíblicos e Evangelismo, este mundo já teria sido alcançado para o Senhor! (Ef 5:15-17 “Portanto, vede diligentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, usando bem cada oportunidade, porquanto os dias são maus. Por isso, não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor”).

12 - Entretenimento não é fazer a obra de Deus: A desculpa para o entretenimento é que este seria uma forma de atrair as pessoas. Mas a questão novamente é: que tipo de pessoas? Se entretenimento fosse uma boa alternativa, não teria a igreja apostólica usado de entretenimento para atrair as multidões? No entanto, ela simplesmente pregava o evangelho, porque sabia que nele há poder. O evangelho "é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê" (Rm 1:16 ). Mas o entretenimento... O entretenimento é a artimanha do homem para a perdição de todo aquele que duvida.

Quero concluir com uma palavra aos pastores. De pastor, para pastor. Amado colega de ministério, não duvide do poder do evangelho para atrair e converter as pessoas. Não queira encher a igreja com atividades vazias e atraentes ao mundo, mas que não tem o poder do Espírito Santo para converter vidas. Tenha coragem e limpe sua congregação desta imundície egocêntrica. Talvez com isto você perderá alguns membros, mas não perderá ovelhas, somente bodes. Tenha fé em Deus e confie no modelo bíblico para o crescimento da igreja, que é a oração, o bom testemunho, estudos biblicos e a pregação ousada do genuíno evangelho de Cristo. 


Um abraço em Cristo
Pr. Capelão Edmundo Mendes Silva

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

É Agora! Depois de tudo terminado...


É tudo acabou! No nosso município esta tudo definido, e em outros estão para se definir, enfim no brasil esta praticamente tudo se definindo. Quem ganhou, ganhou, quem perdeu, perdeu!
Agora, muito estão a chorar e tristes, reclamando, murmurando blasfemando e odiando. Isto já era de se esperar. É como um jogo de decisão de campeonato. O time que ganha, triunfa, festeja, jubila, mas o que perde tristeza, brigas, contendas, lutas, e até mortes.
Para alguns, bem antes de tudo, já estavam esquecidos, outros serão, mas existem alguns que serão lembrados na sua historia de vida, de honra, compromisso e um grande testemunho diante do seu povo. É isto que é lindo! Enquanto outros tantos, infelizmente é só derrota! Venderam-se, compraram-se, se deram-se e acabaram-se.
Agora não tem mamãe me chora!!! O povo escolheu, segura o arrocho!! Quem sorriu, sorriu, quem chorou, chorou. Ou piora de uma vez ou São João de Meriti vai vira um shop Center..., mas entre os mortos e feridos se salvaram todos, ou quase todos!

Na verdade, a tendência é piorar mesmo, porque, acreditar que algo bom pode vir daí, só vendo pra crê! Nos não estamos iludidos, pois a Bíblia nos diz I João 5:19  “Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no Maligno”. I João 4:1 “Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo”.
Agora é continuarmos olhando para frente, como sempre em Cristo (Hb12.2 “fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de Deus”) que nunca nos enganou e nos decepcionou.

Entre “tapas e beijos” alguns lideres evangélicos parece que alguns se acalmaram. A disputa ente uma vaga para a câmara de vereadores foi acirrada. Entre pastores, presbíteros, bispos, e sei lá mais o que, ali não era “um por todos e todos por um”, era cada um por si e Deus por todos.
Quantos estão de cabeças inchadas? Quantos pecaram contra Deus e o seu próximo? Quantos arrependidos por ter tomado decisões precipitadas? Quantos ficaram queimados e queimaram outros? Quanto cometeram injustiça? Quantos de ressaca espiritual? Quantos que eram a luz do mundo se transformaram nas trevas do inferno? Quantos que eram o sal da terra viraram o sal insípido que serão pisado pelos homens?
A nossa vida e testemunho foi mais uma vez provado diante dos homens, o como fomos achados?
A Bíblia nos diz: Mt 5. 13-15 Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens. 14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; 15 nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa. 16 Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus”.

Mas a Bíblia também, continua a nos dizer:
Malaquias 4:2 “Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo curas nas suas asas; e vós saireis e saltareis como bezerros da estrebaria”.
Números 6:25 “o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti”
Efésios 5:14 “Pelo que diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará”.

É hora de reconstruirmos, de nos refazermos, de levantamos diante de Deus e continuarmos trabalhando e orando pelas nossas autoridades constituídas.
E hora de nos Povo de Deus começa a colocar a cabeça no lugar. De repensar e analisamos os nossas atitudes e não vendermos os nossos valores.

Olha só como a coisa esta?
Veja só isto: “Não é só a religião que quer entrar na esfera pública ou os religiosos que querem prosseguir na política, mas as instituições políticas convocam os grupos religiosos para a política”, diz a socióloga Maria das Dores Campos Machado à IHU On-Line, por telefone, ao avaliar o cenário político e as relações estabelecidas entre religião e partidos políticos no Brasil. A capacidade de mobilização dos religiosos, assinala, “tem feito com que eles ganhem uma projeção política e uma capacidade de barganha junto aos políticos”.

Apesar dessa relação não ser recente na história brasileira, talvez o que esteja incomodando nas disputas eleitorais deste ano é o fato de que “os partidos estão sendo hoje, de certa forma, disputados pelos evangélicos”, menciona. Maria das Dores cita o caso do candidato à prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, que é católico e concorre à prefeitura pelo Partido Republicano Brasileiro – PRB, liderado por membros da Igreja Universal do Reino de Deus. “Tem uma novidade no ar. É quase como se ele estivesse experimentando uma nova estratégia: aliar-se com os evangélicos. Além disso, ele não é um católico qualquer; é um católico que estava trabalhando na Record. (...) A novidade que tem aí é um pouco neste sentido: os grupos evangélicos estão procurando agremiações partidárias onde eles possam agir mais livremente conforme os seus interesses”, constata.

Os dados do censo apresentam alguma novidade em relação ao mapa religioso brasileiro? 
Maria das Dores Campos Machado – Têm duas grandes tendências que são interessantes: a expansão dos evangélicos e o declínio dos católicos, porque é primeira vez que cai o número absoluto de fiéis da Igreja de Roma. O outro dado importante é o crescimento dos evangélicos que falam que não têm denominação. Isso é uma novidade, porque já conhecíamos o católico não praticante, mas agora aparece a figura de um ator religioso evangélico que diz não estar vinculado a nenhuma denominação, apesar de ser evangélico. Então, isso nos dá a impressão de que os vínculos com as denominações evangélicas, que eram muito mais acentuados do que entre os católicos, também estão se afrouxando. Na medida em que os evangélicos vão crescendo, eles também ficam mais parecidos com a sociedade e com os católicos, ou seja, se dizem evangélicos, mas não praticam, não conhecem a doutrina. Nesse caso, os pentecostais estariam “se abrasileirando”, se tornando mais parecidos com a população brasileira, e perdendo um pouco o caráter exemplar. Quando o grupo religioso é menor, o controle sobre os fiéis é muito maior. Quando o grupo cresce, a capacidade de controle sobre ele se torna menor, e a tendência também é haver um afrouxamento dos vínculos.

Católicos x Evangélicos
Recentemente percorri a Baixada Fluminense, e num bairro encontrei 48 igrejas, sendo que 47 eram templos evangélicos e um era católico. Esses dados demonstram um desequilíbrio muito acentuado em função das características de cada um desses grupos. Como a Igreja Católica enfrenta inúmeros desafios, os evangélicos conseguiram um espaço muito grande para crescer. Eles têm uma enorme plasticidade e são capazes de assimilar tendências de diferentes campos, além de conseguir ressignificar e dar um novo tratamento a novas bandeiras. Além disso, eles conseguem introduzir novas visões de mundo, como a teologia da prosperidade, que está relacionada com os valores norte-americanos.
Então, os evangélicos conseguiram introduzir junto às camadas populares uma concepção de mundo que é muito mais individualista e muito mais afinada com o neoliberalismo. É uma concepção de mundo que aposta na capacidade do indivíduo resolver os seus problemas, desde que aja com perseverança, com fé e atue de forma a conseguir as coisas: se ele fizer acordos com Deus, se apostar nisso, poderá conquistar o seu sucesso.

Que Deus em Cristo nos ajude e tenha misericórdia de nós
Em Cristo um abraço a todos.

Pr. Capelão Edmundo Mendes Silva.

Ouça esta canção de vitorino Silva  http://www.youtube.com/watch?v=XbfSY_4wEvY