sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A mulher sábia edifica a sua casa

A palavra do Senhor no capítulo 14 do livro de Provérbios de Salomão, em sua maestria ensina que: Toda mulher sábia edifica a sua casa, mas a tola derruba com as suas próprias mãos.
Mas em que circunstância o Senhor contempla a sabedoria da mulher e lhe concede virtudes para edificar e abençoar todos sobre a sua casa? Porventura está o Senhor referindo-se a mulher culta, intelectual, com formação acadêmica? Certamente, a palavra não está atribuindo essa dádiva a mulher, pela sabedoria adquirida nos bancos escolares.
E a revelação vem no livro dos Salmos 111.10, afirmando que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e em Provérbios 11.2 diz: Com os humildes está à sabedoria
O Senhor faz alusão a sabedoria da mulher dotada de humildade espiritual, legada em alguns exemplos clássicos da palavra, como Sara, mulher estéril, sendo da idade de noventa anos, e tendo cessado o costume das mulheres, mas pela sua fé e temor a Deus, não duvidou da promessa do Senhor em lhe abençoar, dando-lhe um filho em sua velhice, colocando-a como mãe das multidões das nações pelo concerto que o Senhor havia feito com o seu marido, o nosso pai na fé, o patriarca Abraão, sendo esse da idade de cem anos (Gênesis cap. 21).
Há referência também da sabedoria de Rute que, entrou na viuvez ainda jovem, mas não abandonou a pobre sogra órfã, antes apegou-se a ela, recusando em voltar para o conforto da casa dos seus pais, terra onde nascera, optou em ampará-la em sua aflição, acompanhando-a junto a um povo que dantes não conhecia, e o Senhor a galardoou pelo seu caráter solidário, pelo seu amor, sua fé e sabedoria.
Não poderíamos deixar de sublimar a sabedoria de Ana (I Samuel (cap. 1), quando atribulada, humilhada, e excessivamente irritada pela sua competidora, porque o Senhor lhe havia cerrado a madre, ela, pois, com amargura na alma, orou ao Senhor e chorou abundantemente, e fez um voto dizendo:
Senhor dos Exércitos, se benignamente atenderes para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres, e a tua serva deres um filho varão, ao Senhor o darei para todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passarás navalha.
E aconteceu que na mesma noite, o Senhor se lembrou de Ana, e concebeu, e teve um filho, e chamou o seu nome Samuel. O Senhor honrou a sua fé, humildade e sabedoria porque buscou no Senhor as suas precisões e alívio das suas angústias e tribulações.
Precisamos enfatizar também, o delírio de algumas mulheres néscias, que pela insensatez traspassaram a si mesma com muitas dores. Fato consumado a mulher de Ló, quando o Senhor fez cair fogo e enxofre sobre Sodoma e Gomorra e as cidades circunvizinhas, essa mulher, em seu desvairo e desobediência, olhou para trás e foi convertida numa estátua de sal depois de ter sido liberta de uma terra onde havia corrupção e pecado em abundância (Gênesis cap. 19).
Acontecimento semelhante ocorreu com a mulher de Jó (Jó cap. 1-3), a qual, pela ausência de fé, não conhecendo os propósitos do Senhor, acabou por blasfemar contra Ele dizendo a Jó: Ainda reténs a sua fidelidade? Amaldiçoa o teu Deus e morra. Jó, repreendeu-a porque falava como uma louca. Em tudo isso não pecou Jó, e pelo Senhor foi agraciado.
Necessário é ressaltar também o desatino de Safira, mulher de Ananias, a qual, em cumplicidade com o seu marido, ambos foram flagrantemente apanhados em mentira ao Espírito Santo de Deus (Atos cap. 5), e morreram, porque os mentirosos não herdarão o Reino de Deus.

EXEMPLOS DE VIRTUDE DA MULHER SÁBIA
O capítulo 31 do livro de Provérbio de Salomão aconselha e exalta algumas das virtudes da mulher sábia, diante dos olhos do Senhor para que as tomamos como exemplo e testemunho de fé. Observem:
Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas jóias. O coração do seu marido confia nela, e não haverá falta de ganho.
Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida. Busca lã e linho e de bom grado trabalha com as mãos.
É como o navio mercante: De longe traz o seu pão. É ainda noite, e já se levanta, e dá mantimento à sua casa e a tarefa às suas servas.
Ela percebe que o seu ganho é bom; abre a mão ao aflito; e ainda a estende ao necessitado. Não teme a neve, pois todos andam vestidos de lã escarlate. Faz para si cobertas, veste-se de linho fino e de púrpura.
Seu marido é estimado entre os juízes, quando se assenta com os anciãos da terra.
Ela faz roupas de linho fino, e vende-as, a força e a dignidade são os seus vestidos, e, quanto ao dia de amanhã, não tem preocupações.
Fala com sabedoria, e a instrução da bondade está na sua língua. Atende ao bom andamento da sua casa e não come o pão da preguiça.
Levantam-se seus filhos e lhe chamam afortunada; seu marido a louva, dizendo: Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas dominas.
Enganosa é a graça, e vã, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada. Dai-lhe do fruto das suas mãos, e de público a louvarão as suas obras.
Amada irmã em Cristo, você observou a profundidade do concerto que Deus definiu e recomendou especialmente a mulher? Ele não mencionou o homem, por uma questão de funções dentro da família, mas incumbiu a mulher para exaltar a sua casa, edificar os seus entes queridos pelo testemunho de humildade, perseverança, fé e sabedoria no temor aos mandamentos do Senhor.
Portanto mulher, a sua realização está diante de ti, na sua boca e no seu coração, porque com o coração crê para justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. Sê sábia no Senhor, e serás salva tu e a tua casa.


O DEVER DA MULHER CRISTÃ
A primeira carta a Timóteo 2.9, 10 descreveque: As mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças (penteados mirabolantes), ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos, mas (como convém às mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras.
O que também fora ratificado na primeira carta universal de Pedro (3.3), a qual relata que o enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestes.
E na carta a Tito 2.3-5, a palavra exorta: As mulheres idosas, que sejam sérias no seu viver, como convêm a santas, não caluniadoras, não dadas ao vinho, mestras no bem; para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, e a seus filhos; a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seu marido, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.


A VAIDADE PODE SER MORTAL
A palavra de Deus relata que a criação está sujeita à vaidade (Romanos 8.20), por isso às vezes, até mesmo por impulso, a mulher, ao deparar com manequins em vitrines de lojas com trajes extravagantes, passa a contemplar, e os seus olhos acabam enchendo o seu coração de cobiça e vaidade.
Mas é bom trazer a mente que aquela estatueta manipula pelas mãos humanas não possui alma e nem compromisso com Deus, mas você mulher, tem um espírito que é imortal, e ao deixarmos esta vida, só há dois lugares onde o espírito irá permanecer até o grande dia do julgamento do Senhor Jesus, a saber: O Paraíso de Deus ou o hades (quer dizer inferno) com satanás e sua malignidade.
Observem a menção da palavra em Romanos 6.12 e 13 alertando: Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas cobiças; nem tão pouco apresenteis os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivo dentre os mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.
Portando, o Senhor exorta a mulher sobre o seu dever e vigilância, para que a sua beleza seja no seu modo de agir, na pureza e santidade do seu coração, simplicidade no exterior do seu corpo, liberta e desprovida de toda vaidade. Que não se afeiçoe à vaidade, aos costumes mundanos e não ande na loucura das paixões infames.
Porque o resultado da insensatez pela vaidade é desastroso, é só observar os órgãos de imprensa noticiando freqüentemente morte de mulheres após aplicação de alguns produtos usados no tratamento do cabelo ou da pele, pela ação dos produtos químicos no organismo humano.
Conhecemos uma jovem empreendedora, executiva de classe média, tendo sido submetida a uma cirurgia de estética para correção dos seios, poucos dias além do pós operatório, foi sucumbida fatalmente pela ação fulminante de uma bactéria letal, adquirida durante o processo de cirurgia.
Lamentavelmente, tornou-se uma prática comum a deformação no corpo de muitas mulheres pelo ato de cirurgia plástica, quando não o óbito por esse procedimento ou pela ingestão de medicamentos incompatíveis, como também uma infinidade de complicações em cirurgias simples de estética, que a mulher acaba perdendo a vida precocemente, pelo desejo de alterar a forma natural que Deus a criou, vitimando a si mesma, pela da vaidade.
A vaidade dá origem a esses e a outros traumas e ainda não citamos a doença da anorexia que vem acompanhada da depressão, angústia e muita dor para o paciente e toda família, tudo motivada pela obsessão na perseguição a um resultado satisfatório para estética e beleza física, o que na maioria das vezes acaba sucumbindo à paciente a morte. Tudo isso acaba se transformando em suicídio, e os suicidas não herdarão o reino do céu.
Mas você mulher, para ser bela para o Senhor seu Deus, não precisa acrescentar e nem deduzir nada no seu corpo. É impossível dimensionar o seu valor e o imensurável amor que o Senhor Deus tem por você. Ele só olha para o seu interior, para a singeleza do seu coração, o que você fizer para ornamentar o seu exterior não tem valor algum para Deus, aliás, Ele abomina toda vaidade.
A palavra do Senhor assegura com clareza que a beleza da mulher não está na moldagem dos seus cabelos pela habilidade do artífice, no fino trato da sua pele ou na extravagância das suas vestes, porque você já tem a luz de Cristo que alumia o seu rosto e faz a diferença entre você e a que não teme a Deus.
Mas quando a mulher se dá ao luxo de usar produtos cosméticos, jóias para melhorar o visual, roupas finas para apresentar-se bem esteticamente, esses acessórios produzem um efeito contrário, ofuscam a luz do Espírito Santo de Deus, porque são coisas inúteis, supérfluas e vãs que desagradam ao Senhor, porque oseu corpo é o templo do Espírito Santo, e esse templo tem que ser íntegro, puro, santificado, porque Deus não olha para a sua beleza externa, mas para o interior do seu coração.
No livro de Eclesiastes, a palavra do Senhor diz que toda vaidade é aflição de espírito, mas a mulher que tem compromisso com os mandamentos de Cristo tem paz no coração, e precisa se conscientizar disso, e saber que a sua beleza não está na aparência física, mas no desprovimento de toda vaidade que muitas de vós estão sujeitas.
A sua beleza está na sabedoria em servir a Deus com toda humildade, santidade e na obediência aos mandamentos do Senhor.
A mulher precisa se conscientizar da sua fundamental importância no seio familiar, e ter a confiança que pela sua sabedoria, fé e humildade, vai trazer um relacionamento harmonioso de paz para dentro da sua casa, para que, se algum marido não obedece a palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra (I Pedro 3.1)
A palavra na cara em Atos 16.31 recomenda: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.
Saudações em Cristo
Pr. Edmundo

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Qual deve ser a missão da Igreja no atual contexto?

Romanos 13: 11-14 "E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé. A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz. Andemos honestamente, como de dia; não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em dissoluções, nem em contendas e inveja. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências".

Aproveitando esse período de crise mundial, que se iniciou no mês de setembro de 2008, aproximadamente, gostaria de refletir com você um pouco sobre contexto em que estamos inseridos atualmente. O foco aqui não é a crise propriamente dita, porque para isso já dispomos de vários analistas e grupos financeiros que são competentes o suficiente para discutir sobre o assunto e nos passar suas análises. Mas, aproveitando a atual circunstância, surge uma pergunta interessante: Diante do atual contexto, qual deve ser a missão da Igreja de Cristo?

Analisando nossa época, conseguimos visualizar três palavras a caracterizam. São elas: rapidez, dinamismo e competitividade. E essas três palavras são interdependentes. Para citar um exemplo, vejamos como o mercado profissional está cada vez mais dinâmico, com mudanças rápidas e constantes em todas as áreas; e, se o profissional não for competitivo, ou seja, não acompanhar esse dinamismo, ele acaba sendo sufocado pelo mercado. O lema de hoje é: TUDO MUDA RÁPIDO.

E se nós, cristãos, quisermos acompanhar esse novo tempo, sem perder as bases de nova fé cristã, precisamos atender para a recomendação que o apóstolo Paulo faz aos romanos: “E digo isto a vós outros que conheceis o tempo; já é hora de vos despertardes do sono...” (Rm 13: 11).

Que sono é esse? Certamente diz respeito à sonolência espiritual da acomodação e negligência, pois é certo que há muitos cristãos “dormindo no ponto”, “parados no tempo”. Muitos deles não percebem que enquanto “dormem”, as coisas mudam. Tudo muda... todos mudam... menos aqueles que estão dormindo.

Podemos enxergar esse momento de crise mundial como uma grande oportunidade que Deus está dando para fazermos história. Precisamos aprender a ver as oportunidades desse novo tempo, mas não permitir que as “idéias modernas” destruam as antigas (e eternas) verdades que foram plantadas em nosso coração (Rm 12: 2 "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus")

Por muitos séculos, a perspectiva que se tinha do mundo, da vida, de Deus, do homem e dos valores eram quase sempre vistos pelas “lentes das Escrituras”. Mas, em tempos modernos nossa cultura tem sido invadida por conceitos materialistas e existencialistas tão fortes, que estão fazendo com que alguns cristão mudem completamente sua maneira de ver as coisas. Essa nova geração passou a questionar, contestar e rejeitar quase todos os valores e os conceitos que antes eram tidos e aceitos como verdadeiros. Hoje, nada mais é “verdade absoluta”; tudo é relativo. O que é verdade para uns, não precisa, necessariamente, ser verdade para outros. Ninguém detém a verdade; cada um faz a sua verdade. E essa visão é antiga (Jz 21:25 – 1300 a.C.).

Dentro desse momento atual, o cristianismo tem alguns desafios que precisam superar diariamente. São eles:

- A Secularização. Esse termo pode ser definido como um processo por meio do qual o espiritual deixa de ter valor para as pessoas; e Deus é retirado do centro da existência humana. Portanto, é preciso entender que um cristão que está secularizado é o mesmo que dizer que ele está conformado com o mundo. Por causa disso, muitas coisas estão sendo encaradas como “normais”. como exemplo, temos a alienação, a insesibilidade, a busca do prazer acima de qualquer coisa, os relacionamentos superficiais e outros.

- Geração Novidade. Aqui se trata da busca insaciável por novidades – novos produtos, novos negócios, novos lugares, novidades no mercado, novas tecnologias, novos líderes, novas idéias, novas propostas, etc. tudo com o objetivo de alcançar o paraíso terreno. Essa busca por novidades têm influenciado a Igreja. As pessoas têm buscado sentir novas experiências, conhecer novas técnicas para alcançar mais espiritualidade, aprender métodos que diante das provações ou dificuldades dêem resultados positivos e rápidos. Indiferença Religiosa. É triste ver que não se fala mais de Cristo aos nossos amigos como antigamente.

- Agressividade da Mídia. A mídia é hoje o principal agende formador de opinião que temos em nosso mundo. Sua influência na vida das pessoas é inegável. Algumas pesquisas mostram que o jovem fica, em média, 5 horas por dia em frente à televisão, ou navegando na internet. Isso sem contar que alguns ficam durante toda a madrugada desta maneira.

- Sexualidade Desenfreada. Nunca se viveu um período de tamanha devassidão, como hoje em dia. O homem só é considerado “macho” se tiver mais de uma mulher; os namoros com apenas três meses já devem desfrutar da primeira relação sexual; e os casados, que adulteram com facilidade e normalidade. Isso sem falar das autoridades, que estão aceitando e apoiando a união matrimonial de pessoas do mesmo sexo.

A missão da Igreja de Cristo nesse contexto é ser o “sal da terra”. nós devemos dar sabor e preservar os valores que restauram a vida.

Nossa meta principal é RECUPERAR OS VALORES PERDIDOS. São eles:


A Verdade. O pensamento atual procura desacreditar a Verdade e, alguns cristãos descuidados já se deixaram enganar por esse esquema (Jo 8: 32 "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará");

Coragem de andar na verdade. Esse é um caminho difícil de ser percorrido, por causa das pressões que recebemos. Mas, para que Deus e Seus valores sejam honrados, o nosso testemunho precisa ser autêntico. João ficou feliz porque seus filhos na fé “andam na verdade” (3 Jo 4). Paulo exortou aos efésios, dizendo: “mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Ef 4:15);


As Bases da nossa Fé. O atual contexto, no sentido de valores morais, sociais e, principalmente, espirituais, não é um avanço cultural; é um retrocesso; uma volta ao tempo em que não havia leis. É hora de retornarmos às bases de nossa fé... De redescobrirmos a nossa história... De reencontrarmos os valores que garantem uma verdadeira espiritualidade. “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo” (1 Co 3:11).Para finalizar, devemos deixar bem claro que nós podemos, sim, serem cristãos modernos. Pessoas que sabem aproveitar as oportunidades, que procuram, sempre, se atualizar de tudo, que estão preparadas para viver, com satisfação, esta nova realidade. Entretanto, não devemos permitir, nunca, que os conceitos estranhos daqueles que não têm nada haver com Deus, determinem o seu modo de agir e de pensar.Lembremo-nos que nossa missão é recuperar os valores perdidos!


Que Deus te abençoe, poderosamente!
um Abraço
Pr. Edmundo

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Os Illuminati: Verdade ou mentira?

Quem fundou os illuminati? Adam Weishaupt na Baviera em 1776 ou Hassan Isabbah em 1090 ? Os illuminados, segundo acreditavam serem iluminados da luz de lúcifer.
Weishaupt ( 1748-1830) era um maçon ( membro da maçonaria) de ascendência judia.
A maioria de sites , revistas e livros sobre illuminatis dizem que a ordem foi fundada em 1776 por Adam weishaupt, no entanto este ano ao ler “O livro dos Illuminati” de Robert Wilson ele diz que a Ordem fundou-se em 1090 por Hassan Isabbah.
Creio que nunca poderemos ter certeza absoluta, pois a origem desta controversa seita é muito antiga e as informações nem sempre coincidem.
Os líderes da Revolução francesa eram Maçons e Illuminati, ou os agentes deles e seguidores, levando a cabo um plano secreto para subverter as monarquias de Europa e a religião Cristã.
Teriam aberto lojas na Alemanha, Áustria, Itália, Hungria, França e Suíça.
Illuminati, Maçonaria e ainda outras seitas são tentáculos do mesmo monstro.
Actualmente essa ordem está espalhada por todo o mundo, muitos membros dos governos são membros, assim como são da maçonaria.


-A Real origem dos Illuminati ?
Robert Wilson conta que em 1090 Hassan I sabbah fundou a seita Ismaelita , ou Haxixinos ( a origem da palavra assassinos vem daí ). Eles usavam o haxixe (derivado da planta canabis ) , o culto aterrorizou o mundo muçulmano até os mongóis de Gengis imporem a lei e a ordem na zona.
Encurralados no seu refúgio nas montanhas , os Haxixinos, caindo de drogados, não conseguiram oferecer resistência aos saudáveis guerreiros mongóis. Mas os cabecilhas do grupo fugiram para o Ocidente.
Os illuminati buscam a “imortalidade” espiritual através de práticas de magia negra, incluindo sacrifícios humanos.
Mais tarde, ( em 1776) foi Adam Weishaupt , um estudante do ocultismo, que renovou essa ordem illuminati, ele estudou os encinamentos de Hassan I Sabbah , cultivou também marijuana no quintal, através de alguns estudos (e da marijuana também) consegiu a “iluminação” (reparem que puz aspas), fundando a ordem “Os antigos sábios iluminados” da Baviera (Alemanha) no 1º de Maio de 1776.
Curiosamente o 1º de Maio é o dia escolhido para celebrar o dia do trabalhador, porque será? Louis Blanc na sua obra “Histoire de la révolucion Francaise” qualifica Adam Weishaupt como “o mais profundo conspirador”.
Robert diz ainda que a famosa Helena Petrovna Blavatski (fundadora da Teosofia) também nascida na Alemanha, era feiticeira e aliada dos Illuminati.
Robert Wilson diz que:Tanto a bandeira dos Estados Unidos como a pirâmide illuminati têm treze divisões horizontais, e o treze é também o código tradicional da marijuana, sendo ainda usado nesse sentido pelos Hell’s Angels, entre outros.
Bem eu fui verificar se bate certo, vejam as imagens abaixo.



Treze divisões Um dos símbolos mais famosos é a pirâmide com o olho-que-tudo vê (olho de luçifer)







Esse símbolo é tão real que podem vê-lo nas notas de 1 dólar. (símbolo introduzido por Franklin Roosevelt em 1933). Roosevelt foi presidente dos EUA, um dos 13 presidentes que eram maçons.
Uma das teorias aponta que a utilização destes símbolos ocultos no dinheiro serve para a “fantasmagoria” do monopólio que o Estado detém sobre a energia psíquica. O símbolo condicionado (dinheiro-símbolo) controlaria totalmente o nosso bem-estar mental. Uma coisa temos que admitir, o dinheiro afecta-nos psiquicamente, quando estamos sem dinheiro começamos a ficar deprimidos “como pagar as contas?” “será que chegará ao final do mês?”, etc, etc..
-O cidadão capitalista aprende neurológicamente que dinheiro equivale a segurança e falta de dinheiro a insegurança.
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Por cima da pirâmide consta a frase em latim “Annuit coeptis” (ele tem favorecido os nosso empreendimentos) ele, provavelmente : luçifer, o arquitecto, o olho-que-tudo vê.
O olho significaria também uma alegoria à capacidade deles estarem simultaneamente em todo o lado. (por exemplo com sistemas de escuta, sistema echelon, etc.).
Abaixo da pirâmide poder ler-se “ Novus ordo Seclorum” (a nova ordem dos séculos) ou seja A Nova Ordem Mundial. Pegue uma nota de 1 dólar e verá que é mesmo verdade.
A pirâmide dividida em duas :
Ela constitui-se de 72 blocos de pedra. Alguns dizem que seriam os 72 degraus da escada de Jacob, estando assim relacionados com o judaismo e a tradição cabalística. Por outro lado, a pirâmide não está terminada, o que poderia interpretar-se como uma chamada de atenção para o futuro . ( Eles iriam fazer algo mais).

A fénix:
Foi a figura alada impressa nos primeiros dólares, mas em 1841 foi substituída pela águia, um símbolo solar egípcio.
Acima dela estão 13 estrelas correspondentes aos 13 estados de então. Essas estrelas ,com as suas cinco pontas, são um simbolo maçónico.
Ela tem 9 plumas na cauda, correspondendo aos graus do ritual maçónio de York.
As asas exibem respectivamente 32 e 33 penas, aludindo assim aos graus do rito Escocês.
Na pata esquerda segura 13 flechas, indicando acção e transmutação.
No bico ela segura um pergaminho no qual em latim se lê “et pluribus unum”, uma alusão à necessidade de integrar e agrupar os membros das antigas colónias que agora constituiam uma só nação. Fazer todas as nações uma só.

No livro dos Illuminati ( Robert Wilson) ele diz que: 0,5 da população detém 70% da riqueza, deixando os outros 99,5 da população competindo violentamente pelo restante (30% da riqueza).

Os illuminati escreveram a História muito antes dela acontecer, uma das evidências é um jogo rpg (role playing game, jogo de interpretar ) criado por Steve Jackson e lançado em 1995. Esse jogo “INWO” (Illuminati new world order) illuminati a nova ordem mundial, inclui 9 cartas que descrevem factos que aconteceriam na História, eventos envolvendo bio terrorismo, desastres, anarquia, etc.
Não significando que ele fosse illuminati, mas conhecia os planos deles, tanto que foi visitado pelos serviços secretos, os quais tentaram impedir o lançamento desse jogo.
(mais dados em http://www.sjgames.com/inwo/ )
A carta mais surpreendente é a do ataque terrorista, repare que o jogo foi distribuído em 1995, e já predizia o atentado ás torres gémeas.
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Na imagem podemos ver que inicialmente uma torre é atingida.
No canto inferior esquerdo, num edifício podemos ver o símbolo
illuminati (uma pirâmide pequenina). . . .
Outra das carta é horrivelmente precisa, O Pentágono .
Repare na imagem, apesar das chamas o pentágono está .praticamente intacto, como ocorreu a 11 de Setembro de 2001.
Agora restam algumas cartas por “realizar”, ou seja, algo mais vem por aí, uma delas retrata o Empire State Building.
Recordo-me quando Bush falava da invasão do Iraque, a guerra contra o terrorismo, ele disse que Os fins justificam os meios, ora essa famosa frase foi criada por Adam Weishaupt, na sua juventude jesuíta.

Allan Chapman,
um dos investigadores não-oficiais do assassínio de John Kennedy,
disse ao jornal “New Yorker” acreditar que os illuminati existem realmente.
Voltando a Robert Wilson, ele no seu livro interpreta as iniciais de algumas famosas cadeias de Televisão, certamente elas não se traduzem oficialmente nessas palavras, mas quem sabe o significado dos seus nomes seja real mas apenas esteja oculto ao povo?
Robert diz que:
NBC significa: New Bavarian Conspiracy. (Nova conspiração Bávara ).
CBS significaria : Conservative Bavarian Seers . ( Videntes conservadores Bávaros ). (O logotipo da cbs curiosamente é um olho)
ABC significaria: Ancient Bavarian Conspiracy ( Antiga conspiração Bávara ).
Uma coisa é certa, eles controlam os média, recordo-me na rtp2 ter visto o antigo mestre do Grande Oriente Lusitano (maçonaria) dizer que têm membros na imprensa, e no livro de Oswald Le Winter (ex agente CIA) “Democracia e Secretismo” consta uma lista de bilderberguer’s Portugueses incluindo Pinto Blasemão ( dono da televisão Sic, e de jornais).
Illuminati, iluminados ou falsos iluminados?
Como diria Buda (Siddartha Gautama) : “Duvidem, e descubram a vossa própria Luz “.
In Realidadeoculta


FIQUEMOS ATENTO A ESSES SEGUIMENTO...........
OBSERVEMOS A SAGRADA ESCRITURA
A PAZ DE CRISTO
PR. EDMUNDO

quinta-feira, 6 de maio de 2010

FERIDAS NÃO TRATADAS

“Atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura, que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados”. (Hebreus 12. 15)
Quando alguém está prestes a se submeter a uma cirurgia, a pergunta mais comum é: “Doutor! Qual é o risco de infecção hospitalar?”. Um dos maiores temores de uma pessoa que se submete a uma cirurgia não é o procedimento em si, mas o risco de infecção após a cirurgia. Uma ferida que não é tratada rápida e adequadamente pode infeccionar. A infecção pode se espalhar pela corrente sangüínea, enfraquecer o sistema imunológico e causar sérios problemas de saúde. Isto não acontece apenas com as feridas do corpo.

Existem pessoas que sofrem com feridas na alma. Há pessoas que têm feridas emocionais que não foram tratadas. Pessoas que foram feridas por alguém que amava ou confiava; ou por alguém que significava muito para elas. Uma ferida emocional pode infeccionar. E quando isto acontece, a ferida emocional torna-se uma ferida espiritual e o estado da pessoa fica ainda mais grave. Talvez sejamos uma dessas pessoas. Fomos feridos por alguém ou por alguma circunstância. A ferida começou pequena, mas cresceu e se tornou uma infecção. Se não tratarmos esta ferida, ela vai crescer ainda mais. Quanto mais o tempo passa sem tratarmos a ferida, mais a infecção se espalha. O nome desta infecção é amargura.

O texto que nós lemos em Hebreus 12. 15 diz: “Cuidado para que não haja alguma raiz de amargura, que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados”.

Feridas abertas e não tratadas são raízes de amargura.O texto diz que a amargura não tratada pode causar sérios problemas:

1) Sua raiz brota e cresce. Ela vai se espalhando como um incêndio na floresta.
2) A raiz de amargura causa perturbação: “vos perturbe”.
3) Contamina muitas pessoas: “muitos sejam contaminados”. Uma ferida emocional não tratada cresce e se transforma em amargura, ressentimento e

- Uma ferida emocional que não foi tratada.
- Infecciona e torna-se uma ferida espiritual.
- Adoece a mente, a alma e o corpo.
- O estado da pessoa fica ainda mais grave.
- Há pessoas que foram feridas por alguém que amavam ou confiavam, ou significava muito para elas. Elas têm raízes de amargura.

A Bíblia diz: “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta” (Mt 5. 23-24).

“Se teu irmão pecar contra ti, vai argüi-lo entre ti e ele só” (Mt 18. 15

Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo... não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo” (Ef 4.25-27).

“Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai a vós” (Cl 3. 13). Em outras palavras... Deus está dizendo:
- Não aceito o culto de um coração magoado”
- Trate logo a ferida
- Não espalhe o veneno da amargura
- Vá à pessoa que te magoou
- Perdoe... Perdoe... Perdoe...

Um professor pediu aos alunos que levassem uma sacola com batatas para a sala de aula. Solicitou que separassem uma batata para cada pessoa que os magoara ou de alguma forma os fizera sofrer. Então escrevessem o nome da pessoa na batata e a colocassem dentro da sacola. Eles começaram a pensar, e foram lembrando uma a uma... Algumas sacolas ficaram muito pesadas! A tarefa seguinte consistia em, durante uma semana, carregar a sacola com as batatas para onde quer que fossem. Com o tempo as batatas foram apodrecendo. Era um incômodo carregar a sacola o tempo todo e ainda sentir seu mau cheiro. Além disso, a preocupação em não esquecer a sacola em algum lugar fazia com que deixassem de prestar atenção em outras coisas que eram importantes para eles. E foi assim que os alunos entenderam a lição de que carregar mágoas é tão ruim quanto carregar batatas. Quando damos importância aos problemas não resolvidos ou às promessas não cumpridas, nossos pensamentos enchem-se de mágoa, aumentando o stress e roubando nossa alegria.

Perdoar e deixar a mágoa ir embora é “tratar a ferida” é a única forma de trazer de volta a alegria. Jogue fora suas “batatas” e seja feliz!!!

Deus vos abençoe em
Cristo Jesus
Pr. Edmundo

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Os Perigos do Desvio Espiritual



I - E O QUE É A APOSTASIA
O termo apostasia vem da palavra grega apostasia, e significa o abandono consciente e público da fe que, de uma vez por todas, foi confiada aos santos (Jd v.3).
A apostasia destes últimos dias visa atacar, prioritariamente, os seguintes artigos de fé:
1. A soberania de Deus (Jd v.4);
2. A divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo - verdadeiro homem e verdadeiro Deus, e único salvador e redentor da humanidade (At 4.12); e:
3. A realidade de sua vinda (2 Pe 3.1-10).
Através da apostasia, objetiva o Diabo minar a resistência da Igreja, induzindo-a a deixar de ser Reino de Deus para tornar-se uma simples organização religiosa.
Como a seguir veremos, um dos primeiros sintomas da apostasia é a perda do primeiro amor.

II - O ESFRIAMENTO DO AMOR CRISTAO
Das igrejas da Ásia Menor, a de Éfeso era a mais conservadora e ortodoxa. Estava ela tão bem alicerçada teologicamente, que era capaz, inclusive, de diferençar entre um verdadeiro e um falso apóstolo. Não obstante todo esse preparo doutrinário, a igreja dc Éfeso estava a ponto de perder a sua primazia, por haver perdido o seu primeiro amor. Ler Ap 2.1,2.
1. Cristo adverte a sua Igreja. Quão grave é esta advertência de Nosso Senhor: “Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres”! (Ap 2.4,5).
Da reprimenda de Cristo, o que depreendemos? Se a ortodoxia bíblico-teológica não for acompanhada do primeiro amor, nenhuma utilidade terá. Pois a ausência do primeiro amor acabará por lançar a Igreja nas garras do formalismo e, finalmente, da apostasia. No Sermão Profético, Jesus faz- nos outra advertência: “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos se esfriará” (Mt 24.12).
2. Reavivando o primeiro amor. Que a Igreja reavive, urgentemente, o primeiro amor, observando, de forma integral, as exigências da Grande Comissão que nos confiou o Senhor Jesus: evangelizar, fazer missões e discipular (Mt 28.19; At 1.8); mantendo o amor fraternal e devotando a Cristo a mais provada e ardente adoração. Ler Hb 13.1. Menos do que isto é inaceitável! A apostasia desta última hora não haverá de resistir a uma igreja entranhavelmente amorosa, santificada e fundamentada na Palavra de Deus. Você ama a Cristo? Ama as almas perdidas? Ou o seu amor cristão já esfriou?

III - A DOUTRINA DE BALAÃO
A doutrina de Balaão é um outro forte indício da apostasia destes últimos dias. Atenhamo-nos à advertência que o Senhor endereça ao anjo da Igreja de Pérgamo: “Mas umas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel para que comessem dos sacrifícios da idolatria e se prostituíssem” (Ap 2.14).
Não são poucos os mestres que, torcendo as Escrituras e vendendo a alma ao Diabo, tentam introduzir o mundo na Igreja, sob a alegação de que esta não pode viver alheia à modernidade. Ora, ser contemporâneo não significa compactuar com este século; significa, antes de tudo, falar de Cristo, com ousadia e poder, a esta geração. Cuidado! A doutrina de Balaão continua a fazer estragos! Ela quer comprometer a Igreja, impregnando-a com a cultura e com os costumes do mundo (Rm 12.1).

IV - O MISTICISMO HERÉTICO
A apostasia dos últimos tempos vem sendo caracterizada, também, por um misticismo herético e extravagante. Embora pareça espiritual, é extremamente nocivo à Obra de Deus. Assim o Senhor Jesus o desmascara:
“Mas tenho contra ti o tolerares que Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensine e engane os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria” (Ap 2.20). Na essência, esta profetisa em nada diferia de Balaão. Seu objetivo era, através de uma postura falsamente piedosa, induzir os crentes a um comportamento abominável. Conclui-se, do texto bíblico, que ela já havia conseguido, inclusive, as rédeas do governo eclesiástico de Pérgamo. Até o anjo da igreja achava-se em suas mãos.
O misticismo herético tem como principais características:
1. Culto aos anjos (Cl 2.18).
2. Falsas profecias (Mt 24.11).
3. Prodígios de origem demoníaca (Mt 24.24).
4. Doutrinas de demônios (1 Tm 4.1;1 Jo 4.1).
Estejamos precavidos! Nem sempre fervor significa espiritualidade. Pode ser forjado, fingido ou meramente emocional. Quando a congregação de Israel apostatou da fé, no deserto, aquele ruidoso movimento até parecia um culto avivado; não passava, todavia, de uma rebelião desenfreada contra o Senhor ( Êx 32.6,18). Assim diz o Espírito Santo por intermédio do salmista: “Mui fiéis são os teus testemunhos; a santidade convém à tua casa, Senhor, para sempre” (Sl 93.5).

V - A PROSPERIDADE FATAL
A apóstata, rebelde e orgulhosa Laodicéia é um tipo perfeito da Teologia da Prosperidade. No auge de sua riqueza, afirmou o anjo dessa igreja: “Rico sou, e estou enriquecido e de nada tenho falta” (Ap 3.17).
A Teologia da Prosperidade é um arremedo doutrinário. Afronta a simplicidade da Igreja de Cristo e torce, de forma escandalosa, a Bíblia Sagrada. Ensinando os santos a endeusar os bens materiais em detrimento dos eternos, vão os proponentes dessa teologia subsidiando mentiras, enganos, heresias e rebeliões contra o Cordeiro de Deus. Consciente, ou inconsciente- mente, vão dando sustento à estrutura sobre a qual o Anticristo acha- se a construir o seu império. Tal apostasia vem encontrando generosos espaços em alguns púlpitos, produzindo uma geração de crentes cegos, despidos da graça e imperfeitos em suas convicções. Eles supõem, à semelhança dos amigos de Jó, serem os bens materiais a evidência maior da presença de Deus na vida humana.
Os proponentes da Teologia da Prosperidade amam a bênção mais do que ao Abençoador; não têm a fé em Cristo, mas a fé na fé; a mente de Cristo, trocaram-na por um pensamento enganosamente positivo; determinando tudo, acham-se indeterminados em sua esperança. E esperando em Cristo apenas nesta vida, tornam-se os mais desgraçados dos homens (1 Co 15.19).

VI - A APOSTASIA PESSOAL
Hb 3.12 “Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo”. A apostasia (gr. apostasia) aparece duas vezes no NT como substantivo (At 21.21; 2Ts 2.3) e, aqui em Hb 3.12, como verbo (gr. aphistemi, traduzido “apartar”). O termo grego é definido como decaída, deserção, rebelião, abandono, retirada ou afastar-se daquilo a que antes se estava ligado.
(1) Apostatar significa cortar o relacionamento salvífico com Cristo, ou apartar-se da união vital com Ele e da verdadeira fé nEle . Sendo assim, a apostasia individual é possível somente para quem já experimentou a salvação, a regeneração e a renovação pelo Espírito Santo (cf. Lc 8.13; Hb 6.4,5); não é simples negação das doutrinas do NT pelos inconversos dentro da igreja visível.
A apostasia pode envolver dois aspectos distintos, embora relacionados entre si:
(a) a apostasia teológica, i.e., a rejeição de todos os ensinos originais de Cristo e dos apóstolos ou dalguns deles (1Tm 4.1; 2Tm 4.3); e
(b) a apostasia moral, i.e., aquele que era crente deixa de permanecer em Cristo e volta a ser escravo do pecado e da imoralidade (Is 29.13; Mt 23.25-28; Rm 6.15-23; 8.6-13).

(2) A Bíblia adverte fortemente quanto à possibilidade da apostasia, visando tanto nos alertar do perigo fatal de abandonar nossa união com Cristo, como para nos motivar a perseverar na fé e na obediência. O propósito divino desses trechos bíblicos de advertência não deve ser enfraquecido pela idéia que afirma: “as advertências sobre a apostasia são reais, mas a sua possibilidade, não”. Antes, devemos entender que essas advertências são como uma realidade possível durante o nosso viver aqui, e devemos considerá-las um alerta, se quisermos alcançar a salvação final.
Alguns dos muitos trechos do NT que contêm advertências são: Mt 24.4,5,11-13; = Jo 15.1-6; = At 11.21-23; = 14.21,22; = 1Co 15.1,2; = Cl 1.21-23; = 1Tm 4.1,16; = 6.10-12; = 2Tm 4.2-5; = Hb 2.1-3; = 3.6-8,12-14; = 6.4-6; = Tg 5.19,20; = 2 Pe 1.8-11; = 1Jo 2.23-25.

(3) Exemplos da apostasia propriamente dita acham-se em Êx 32; = 2Rs 17.7-23; = Sl 106; = Is 1.2-4; = Jr 2.1-9; = At 1.25; = Gl 5.4; = 1Tm 1.18-20; = 2Pe 2.1,15,20-22; = Jd 4,11-13; ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO, para comentários sobre a apostasia que, segundo a Bíblia, ocorrerá dentro da igreja professa nos últimos dias desta era.

(4) Os passos que levam à apostasia são:
(a) O crente, por sua falta de fé, deixa de levar plenamente a sério as verdades, exortações, advertências, promessas e ensinos da Palavra de Deus (Mc 1.15; Lc 8.13; Jo 5.44,47; 8.46).
(b) Quando as realidades do mundo chegam a ser maiores do que as do reino celestial de Deus, o crente deixa paulatinamente de aproximar-se de Deus através de Cristo (4.16; 7.19,25; 11.6).
(c) Por causa da aparência enganosa do pecado, a pessoa se torna cada vez mais tolerante do pecado na sua própria vida (1Co 6.9,10; Ef 5.5; Hb 3.13). Já não ama a retidão nem odeia a iniqüidade (ver 1.9 nota)
(d) Por causa da dureza do seu coração (3.8,13) e da sua rejeição dos caminhos de Deus (v. 10), não faz caso da repetida voz e repreensão do Espírito Santo (Ef 4.30; 1Ts 5.19-22; Hb 3.7-11).
(e) O Espírito Santo se entristece (Ef 4.30; cf. Hb 3.7,8); seu fogo se extingue (1Ts 5.19) e seu templo é profanado (1Co 3.16). Finalmente, Ele afasta-se daquele que antes era crente (Jz 16.20; Sl 51.11; Rm 8.13; 1Co 3.16,17; Hb 3.14).

(5) Se a apostasia continua sem refreio, o indivíduo pode, finalmente, chegar ao ponto em que não seja possível um recomeço.
(a) Isto é, a pessoa que no passado teve uma experiência de salvação com Cristo, mas que deliberada e continuamente endurece seu coração para não atender à voz do Espírito Santo (3.7-19), continua a pecar intencionalmente (10.26) e se recusa a arrepender-se e voltar para Deus, pode chegar a um ponto sem retorno em que não há mais possibilidade de arrependimento e de salvação (6.4-6; = Dt 29.18-21 nota; 1 Sm 2.25 nota; = Pv 29.1 nota).
Há um limite para a paciência de Deus (ver 1 Sm 3.11-14; = Mt 12.31,32; = 2 Ts 2.9-11; = Hb 10.26-29,31; = 1 Jo 5.16)
(b) Esse ponto de onde não há retorno, não se pode definir de antemão. Logo, a única salvaguarda contra o perigo de apostasia extrema está na admoestação do Espírito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações ( 3.7,8,15; 4.7).

(6) É próprio salientar que, embora a apostasia seja um perigo para todos os que vão se desviando da fé (2.1-3) e que se apartam de Deus (6.6), ela não se consuma sem o constante e deliberado pecar contra a voz do Espírito Santo (ver Mt 12.31, nota sobre o pecado contra o Espírito Santo).

(7) Aqueles que, por terem um coração incrédulo, se afastam de Deus (3.12), podem pensar que ainda são verdadeiros crentes, mas sua indiferença para com as exigências de Cristo e do Espírito Santo e para com as advertências das Escrituras indicam o contrário. Uma vez que alguém pode enganar-se a si mesmo, Paulo exorta todos aqueles que afirmam ser salvos:
“Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos” (ver 2 Co 13.5 nota).

(8) Quem, sinceramente, preocupa-se com sua condição espiritual e sente no seu coração o desejo de voltar-se arrependido para Deus, tem nisso uma clara evidência de que não cometeu a apostasia imperdoável. As Escrituras afirmam com clareza que Deus não quer que ninguém pereça (2 Pe 3.9; cf. Is 1.18,19; 55.6,7) e declaram que Deus receberá todos que já desfrutaram da graça salvadora, se arrependidos, voltarem a Ele (cf. Gl 5.4 com 4.19; = 1 Co 5.1-5 com 2 Co 2.5-11; = Lc 15.11-24; = Rm 11.20-23; = Tg 5.19,20; = Ap 3.14-20; note o exemplo de Pedro, Mt 16.16; = 26.74,75; = Jo 21.15-22).

VII - DESCRIÇÃO DOS LÍDERES APÓSTATAS:
- Jd 3-19 - O tom da carta de Judas é polêmico, pois ele repreende os falsos mestres apóstatas que enganam crentes instáveis e corrompem a mesa do Senhor.
- Judas estava preocupado com o fato de os cristãos poderem afastar-se da verdade por causa dos mestres enganadores de falsas doutrinas, ou seja, aqueles que, embora tendo negado a fé, ficaram ainda como membros da Igreja - Jd 4.
- Neste livro, encontramos as CARACTERÍSTICAS DOS APÓSTATAS:
- (1) Tem a carne contaminada (prostituição) - Jd 7
- (2) Rejeitam a dominação (não aceitam governo na Igreja) - Jd 8
- (3) Não tem temor (pecam voluntariamente) - Jd 10
- (4) Tipificam três personagens perigosos:
- (4.1) Caim (homicida - I Jo 3:15);
- (4.2) Balaão (o que põe tropeços para os filhos de Deus, ensinando a prostituição); e
- (4.3) Coré (o que se rebela contra a liderança colocada por Deus) - Jd 11
- (5) Não gostam de Pastor; apascentam-se a si mesmos; são nuvens sem águas (espiritualmente artificiais); são árvores murchas (não dão frutos) - Jd 12;
- (6) São ondas bravias do mar, que espumam suas próprias sujidades; estrelas errantes - Jd 13
- (7) São murmuradores; descontentes; andam segundo as suas paixões; suas bocas vivem propalando grandes arrogâncias e são oduladores dos outros, por motivos interesseiros - Jd 16

VIII - PASSOS QUE LEVAM À APOSTASIA:
- O crente, por sua falta de fé, deixa de levar plenamente a sério as verdades, exortações, advertências, promessas e ensinos da Palavra de Deus (Mc 1:15; Lc 8:13; Jo 5:44, 47; 8:46)
- Quando as realidades do mundo chegam a ser maiores do que as do reino celestial, o crente deixa paulatinamente de aproximar-se do Senhor através de Cristo (Hb 4:16; 7:19, 25; 11:6)
- Por causa da aparência enganosa do pecado, a pessoa se torna cada vez mais tolerante: não ama a retidão, nem odeia a iniquidade (I Cor 6:9-10; Ef 5:5; Hb 1:9; 3:13)
- Por causa da dureza do seu coração e da sua rejeição dos caminhos de Deus, o servo do Senhor não faz caso da repetida voz e repreensão do Espírito Santo. Como resultado, entristece-O, extingue o Seu fogo e profana o Seu templo (Hb 3:8, 10, 13; Ef 4:30 I Ts 5:19-22; Hb 3:7-11; I Cor 3:16)
- Finalmente, o Espírito Santo se afasta daquele que antes era um servo de Deus (Jz 16:20; Sl 51:11; Rm 8:13; I Cor 3:16-17; Hb 3:14)

XI - EXORTAÇÕES EM VISTA DA APOSTASIA FUTURA:
- (1) Devemos evitar os falsos mestres apóstatas, porque:
- (1.1) Já surgiu uma vã profissão de religião, combinando a completa falta de poder com um nível baixo de moralidade (II Tm 3:1-5)
- (1.2) Os ministros desta religião caracterizam-se por sua falta de princípios e oposição à verdade (II Tm 3:6-9)
- (2) Devemos permanecer fiéis às nossas convicções, recordando-nos:
- (2.1) Da lição de que o sofrimento faz parte da vida do cristão neste mundo (II Tm 3:11-13)
- (2.2) Das lições aprendidas da vida santa de um servo de Deus (II Tm 3:10, 14)
- (2.3) Das lições que aprendemos das Santas Escrituras (II Tm 3:16-17)
- (3) Devemos cumprir inteiramente o nosso dever de evangelizar, pregando a Palavra com infatigável paciência, adaptando o seu ensino a qualquer capacidade, pregando, exortando e reprovando, pareçam as oportunidades favoráveis ou não (II Tm 4:1-2). E isso devemos fazer por dois motivos:
- (3.1) O povo tem-se tornado impaciente a respeito da doutrina sã e a tem rejeitado (II Tm 4:3-4)
- (3.2) O nosso ministério se findará. Logo, devemos confiar em que outro continuará a obra do Senhor tanto quanto possível (II Tm 4:5-6)


Que Deus tenha Miseicordia de todos
um abraço
Pr. Edmundo

quarta-feira, 3 de março de 2010

A Secularização da Igreja


A identidade cristã é um conjunto de caracteres próprios e exclusivos, fundamentados nas Escrituras e nos bons costumes que identificam o cristão como discípulo de Cristo e fiel membro da comunidade dos santos (Gl 5.22). A identidade cristã, por sua vez, opõe-se ao secularismo hodierno. Nesta lição trataremos a respeito da conceituação e definição de secularismo e secularização, bem como dos aspectos históricos e teológicos relacionados ao tema.

I. Definição
1.1. Etimologia:

O termo “secular” e seus cognatos, procedem do substantivo latino saecŭlum e secŭlum, definidos literalmente como “espaço longo de tempo”, “cem anos”, “tempo em que se vive”, “época”, “vida mundana”, “mundo”, “mundo profano”. O adjetivo latino saeculāris, significa “secular”, “pertencente ao século”. Desta palavra se derivam os vocábulos “secular”, “secularização”, “secularismo”.
O correspondente aos termos saecŭlum ou saeculāris no grego neotestamentário é aiōn (ou aiōnos) traduzido em diversos textos por “tempo muito longo”, “era”, “século”, “século ou era presente”, “mundo” (Cf. Mt 12.32; 13.22; Lc 1.70; 16.8; Jo 6.51, 58; 9.32; Rm 16.27; Hb 13.21).

1.2. Conceituação:

O termo secularização é de significado elástico e abrangente e, de acordo com as circunstâncias, pode ser aplicado em diversos contextos.


a) Fenômeno da Modernização. É possível falar de secularização como um fenômeno da modernização, em que o antigo – antiquado –, é substituído pelo novo – modernidade. Secularização, portanto, é um movimento de atualização ou de contextualização com uma época. Neste sentido, o “velho” é atualizado, ou substituído pelo novo. Há uma mudança de direção, ou ruptura com o antigo rumo.


b) Fenômeno Histórico. Secularização também pode representar o fenômeno histórico dos últimos séculos, pelo qual as crenças e instituições religiosas se converteram em doutrinas filosóficas e instituições leigas. Isto significa uma profunda mudança nos objetivos e projetos das instituições religiosas em que esta se torna uma instituição laica e os oficiais religiosos em autoridade leiga.


c) Processo Histórico. Podemos entender a secularização, como o processo histórico pelo qual os bens eclesiásticos e as atribuições políticas do clero são transferidos para as autoridades leigas. Esse processo ocorreu principalmente nas monarquias absolutistas após a Reforma Protestante na Alemanha, Inglaterra e Escandinávia. Nestes locais, muitas propriedades eclesiásticas foram confiscadas – mosteiros se transformaram em colégios e igrejas em principados leigos. A igreja, portanto, passa a ser uma instituição subordinada ao Estado. O decreto imperial na Alemanha, por exemplo, em 1803 confiscou cerca de 22 bispados, 80 abadias e 200 mosteiros.
Um aspecto emblemático, que muito ilustra esse processo de secularização histórica, pode ser observado na transferência do registro civil e dos cemitérios de posse da igreja para o poder público.
Uma das negociações mais singulares desse processo histórico ocorreu entre os dias de 15 de maio a 24 de outubro de 1648. Neste período, nas cidades alemães de Münster e Osnabrück, foi assinado um grande tratado de paz (a Paz de Westfália) que pôs fim a desastrosa Guerra dos Trinta Anos – guerra sanguinária entre católicos e protestantes (luteranos e calvinistas). Este tratado, entre muitas leis, assinalou que um reino tem interesses que o colocam acima das motivações religiosas e a autoridade do papado para intervir nos assuntos internos dos reinos, foi substituída pelo conceito de soberania de estado.


d) Conceito Religioso. A secularização, entendida como teoria humanista pós-moderna (secularismo), é muito mais do que o comportamento e o pensamento do mundo de nosso tempo. Trata-se do modo de viver deste mundo, que além de não comungar com os interesses espirituais do Reino de Deus, opõe-se radicalmente a ele.
O secularismo, como afirma o dicionário Houaiss, é o “regime laico, secular; exclusão, rejeição ou indiferença à religião e a ponderações teológicas”. Cabe aqui afirmar, que não se trata apenas de “indiferença à religião e a ponderações teológicas”, mas em completa ruptura e oposição a estes. Como indiferença, o secularismo classifica a religião e seus dogmas como temas idiossincráticos ou particulares, sem interesses reais para a sociedade.
A crença é assunto pessoal de cada um, portanto, o Estado não interfere na crença do indivíduo, mas a doutrina religiosa deste, não deve interferir nos assuntos daquele.
Neste aspecto, a secularização é um fenômeno próprio da modernidade. De acordo com Champlim, G.H. Holyoake (1818-1906), foi o primeiro a usar o termo “secularização” como referência a toda atitude anti-religiosa.
Se considerarmos o profeta Daniel e a Babilônia de seu tempo como exemplos, descobriríamos que o Estado interferia rigorosamente na crença de seus cidadãos.
Não apenas a Babilônia, mas provavelmente em todos os reinos da geografia bíblica, não existia qualquer distinção entre assuntos do Estado e assuntos religiosos. Pelo contrário, Estado e Religião se confundiam, estavam intrinsecamente unidos.
No entanto, os interesses religiosos e políticos sempre estiveram em busca do enlace e do divórcio, de modo que a ruptura entre ambos só é plenamente inteligível se considerarmos todos os contextos.
A dificuldade parece ser insuperável, uma vez que o indivíduo não é uma tabula rasa (tábua ou folha em branco), e não se despe de suas crenças religiosas como se estivesse trocando de roupa. Não é possível pedir que o sujeito tenha dois comportamentos – um secular e outro religioso –, pois isto é contrário à própria cidadania e ao ser religioso. A pessoa não pode negar o que é em razão de estar fora dos umbrais da igreja – muito pelo contrário.
A igreja recomenda que os cristãos participem na vida pública como cidadãos, mas que não abandonem a consciência e os valores cristãos.


f) Teologia da Secularização. O desenvolvimento da Teologia da Secularização, deve-se ao teólogo alemão e discípulo de von Harnarck, Friedrich Gogarten (1887-1967). Gogarten distinguia entre “secularização” e “secularismo”. Para o teólogo, a secularização é necessária e legitima a fé cristã, enquanto o secularismo é a degeneração da secularização.

Gibellini, define o conceito de secularização de Gogarten como “um processo histórico de profunda transformação do homem e do mundo, da forma como o homem se relaciona consigo mesmo e com o mundo” (A Teologia do Século XX, Loyola, 1998, p. 128).

O conceito de Gogarten admite positivamente a desmitologização de R. Bultmann, considerando-a como um método hermenêutico apropriado para que o homem moderno compreenda a mensagem salvífica do Novo Testamento. Gogarten aderiu ao movimento religioso dos Cristãos Alemães que apoiavam a Hitler, por considerar, de início, que se tratava de uma forma de autoridade legítima. No entanto, depois de observar que o movimento estava abandonando os fundamentos bíblicos, escreveu um documento de protesto e desvinculou-se do movimento.

g) Secularismo Eclesiástico Moderno. A religião cristã está passando por um profundo processo de secularização. A competição entre as denominações evangélicas à procura de novos fiéis, nem que para isso seja necessário o emprego de estratégias mercadológicas, de marketing e dos recursos da indústria cultural, assinalam a secularização da igreja hodierna. Mas o processo de secularização da igreja, entendida também como modernização de suas estratégias evangelísticas, que muitas vezes contestam a própria práxis evangélica, não é nada novo.
Atualmente podem ser detectados três fortes movimentos que convivem, disputam e dialogam entre si no contexto da religião brasileira:
 a explosão do fenômeno religioso;
 a desconfiança na instituição religiosa;
 e a secularização da igreja.

A explosão do fenômeno religioso Este é conseqüência da difusão do sagrado. O aumento das denominações evangélicas, das seitas cristãs, das religiões orientais, da ufologia mística etc., comprova o fato. O sagrado está tão difuso que o cidadão comum não consegue diferençar a verdadeira religiosidade da falsa. É possível ouvir os jargões dos movimentos pentecostais sendo pronunciados por apresentadores (as) da mídia eletrônica; camisetas estampadas com dizeres evangélicos (mesmo que o fabricante e o portador não o sejam); músicas cristãs mixadas com ritmos dançantes; igrejas que se transformam em salões dançantes e cujas programações destinadas à juventude se confundem com funk, hip hop, New Wave, entre outros.
A desconfiança na instituição religiosa Trata-se de uma resposta racionalista às contradições do fenômeno religioso. Argumentam que as pessoas acreditam mais nos cartomantes, nos duendes, nas benzedeiras do que nos cientistas.
É uma conseqüência da explosão do fenômeno religioso.
A secularização da igreja É uma vulgarização da fé que favorece a dessacralização do sagrado e usa a indústria cultural como veículo para propagar um evangelho sem Cristo e um cristianismo sem a ética bíblica.

Professor, quem estuda o que a Escritura afirma a respeito do relacionamento da Igreja com Cristo expresso no simbolismo do matrimônio, sabe que uma igreja secularizada é uma noiva infiel ao seu noivo (Ef 5.22-32).

A doutrina cristã não interfere na moral e ética do crente nominal. A doutrina cristã interfere na vida pessoal, ética e moral do crente. Aplicar os princípios bíblicos ao cotidiano.
A obrigação religiosa é mais importante do que a prática da piedade cristã. A piedade cristã é mais importante do que as obrigações religiosas. Priorizar a essência em vez da aparência.
As reuniões cristãs são mero entretenimento religioso. As reuniões cristãs são momentos especiais de adoração ao Deus Vivo. Exaltar a Deus em vez dos homens.
A liturgia abandona a simplicidade cristã pelos shows pirotécnicos. A presença do Espírito Santo é mais importante do que os aparatos litúrgicos. Enfatizar a ação do Espírito em vez da técnica.
Dessacralização do templo, dos ritos e símbolos cristãos e a perda da reverência cristã no culto. O templo, os ritos e símbolos cristãos são sagrados pois testificam da presença de Deus entre o seu povo. Privilegia o sacro. Reverenciar o que é santo.
Pregações motivacionais que incentivam a riqueza, o luxo e priorizam o status social. A pregação é cristocêntrica e incentiva o Reino de Deus em vez do reino deste mundo. Distinguir a palavra profética da motivacional.
O relaxamento dos valores morais cristãos. Os valores morais, pautados na Bíblia, são preservados e admitidos como norma e conduta dos santos. Preservar os valores morais da Bíblia.

II. Secularização em dois contextos
a) Histórico-cultural:
Embora o termo “secularização” seja empregado em diversos sentidos, interessa-nos, neste momento, duas abordagens específicas. A primeira, de caráter histórico e cultural, que se inicia quando a sociedade do final do século XIX e início do século XX exige a ruptura definitiva com a instituição eclesiástica.
Era um movimento de ruptura que buscava a emancipação da cultura, política e filosofia da tutela da religião cristã. Alguns filósofos chamaram esse período de “desencanto do mundo”. Nesse contexto, a secularização era entendida como uma ruptura entre a sociedade e a igreja, entre o secular e o sagrado. Estava, portanto, reafirmado o distanciamento entre a sociedade secular e a igreja, entre o Estado e o cristianismo.


b) Cristãos Alemães: A segunda, está relacionada ao movimento dos Cristãos Alemães (Deutsche Cristen), fundado na Turíngia em 1927. A fim de secularizar a igreja e popularizar o cristianismo na Alemanha, A Igreja Evangélica Alemã aliou-se ao nacional-socialismo (nazismo), vindo apoiar a Adolf Hitler quando este subiu ao poder em 30 de janeiro de 1933. Nesse período, as suásticas compartilhavam do altar ao lado da cruz, e os cristãos seculares viram Hitler como um profeta para restaurar o cristianismo e a religiosidade do povo alemão. Os cânticos cristãos faziam referências ao “Chanceler (Hitler) que vela pela Alemanha, noite e dia, sempre a pensar em nós”. Um dos líderes do movimento, Dr. Reinhold Krause, propôs a eliminação do Antigo Testamento, da moral judaica e a exclusão dos ensinos do rabino Paulo do Novo Testamento, pois não estavam de acordo com os novos padrões culturais e políticos da época. No entanto, um dos opositores ao nazismo e ao movimento iniciado pela Igreja Evangélica Alemã, pastor Dietrich Bonhoeffer, antes de ser enforcado, exortou as igrejas à não se renderem aos ídolos do mundo moderno.
Nesta conjuntura, podemos entender a “secularização” como um movimento cristão que procurava cristianizar a sociedade mediante a união entre a igreja e o Estado, valendo-se para isto, dos princípios éticos e morais da sociedade. Enquanto o movimento do século XIX procurava afastar a igreja do Estado, a Igreja Alemã tencionava incorporar ao Estado a religião, mas seguindo os fundamentos da sociedade em vez dos bíblicos.


muito cuidado........

fique com a Palavra de Deus.......

um abraço em Cristo

Pr. Edmundo

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A NECESSIDADE DE SER LIBERTO...

A palavra LIBERTAÇÃO vem do grego “sotero“ e significa “livramento, salvação”. Em João 10:10, a palavra do Senhor diz que: “ O ladrão (diabo) veio para matar, roubar e destruir”, mas Jesus, o Rei dos Reis, o Senhor dos Senhores, o Alfa, o Omega, o Todo Poderoso, o Majestoso, o Cordeiro de Deus, o Príncipe da Paz, veio para SALVAR, LIBERTAR e RESTAURAR. As obras de Jesus e do Diabo são obras antagônicas. JESUS... DIABO SALVAR MATAR LIBERTAR ROUBAR RESTAURAR DESTRUIR
O objetivo de satanás na terra é o de matar, roubar e destruir as pessoas. Ele é perspicaz, inteligente, conhecedor da Palavra de Deus, usa e usará de todas as estratégias malignas para impedir que as pessoas sejam salvas, libertas e restauradas.

Quem Precisa de Libertação?
Todos, seria a resposta mais correta, porque a Palavra de Deus diz em I João 1:8-10: “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.”
E completa em I João 3:8-9 “Quem comete o pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo. Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado, porque a sua semente permanece nele e não pode pecar porque é nascido de Deus”
Se partirmos do princípio de que todo homem à partir da queda original carrega a natureza adâmica, por isso é propenso ao mal, já seria o suficiente para dizer que ele necessita ser liberto, porque o pecado nos traz cativos ao diabo.


Existem três níveis de libertação:


1. Libertação do nosso espírito no momento em que nascemos de novo (só feita pelo Espírito Santo) – ver Efésios 2:1-3 “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também”.
João 3:3,5-6 “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito”

2. Libertação da alma – Hebreus 12;1 “Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta” I Coríntios 10:4-5 “E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo. Mas Deus não se agradou da maior parte deles, por isso foram prostrados no deserto”

3. Libertação de enfermidade física – Lucas 13:10-17
“E ensinava no sábado, numa das sinagogas. E eis que estava ali uma mulher que tinha um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; e andava curvada, e não podia de modo algum endireitar-se E, vendo-a Jesus, chamou-a a si, e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade E pôs as mãos sobre ela, e logo se endireitou, e glorificava a Deus”.

“A cruz é o centro de tudo. Também nela, Cristo levou todas as maldições: "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar, porque está escrito: ´Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro ”. (Gálatas 3:13). Se o texto em apreço está claro, quando diz que Cristo se fez maldição em nosso lugar, porque tratamos do tema: “quebra de maldições”? Para responder a esta pergunta, temos que considerar que há duas formas através das quais as pessoas concebem a cruz de Cristo.


Um primeiro grupo tem uma visão imediatista: aceita que a obra de Cristo na cruz é plena e suficiente, e que, assim que o ímpio se entrega a Cristo, automaticamente passa a experimentar por completo toda a provisão do Calvário. Este grupo aceita que todo o conteúdo e todas as promessas da cruz são automaticamente imputados sobre o crente no momento da conversão.

Um outro grupo tem a visão apropriativa (processual): Este grupo também aceita que toda a obra do Calvário é plena e suficiente, mas descrê sobre o fato de que o crente no momento em que aceitou a Cristo passe a experimentar concretamente toda provisão e promessas contidas na cruz. Crê que no momento da conversão o neoconverso passa a experimentar a provisão de Cristo na cruz, mas não de forma plena. O estudo da Palavra e a apropriação das promessas serão fundamentais no processo de experimentação da obra vicária de Cristo. Eu particularmente, tenho seguido a “visão apropriativa da cruz”. Os pecados da humanidade já foram levados para a cruz, mas o homem precisa apropriar-se disso (confessando) para ser perdoado. Nossas enfermidades já foram levadas na cruz, mas precisamos nos apropriar disso. Da mesma forma as maldições. Cristo já as levou na cruz e necessitamos nos apropriar disso. Essa tomada de posse é chamada por Derek Prince de “transitar do legal para o experimental”. O fato é que muitos crentes estão na mais completa ignorância quanto ao que Cristo fez por eles na cruz. Cristo levou seus pecados, mas vivem solapados pela culpa. Já levou suas enfermidades, e seus corpos estão sendo constantemente assediados por doenças diversas. No que tange à maldição, a mesma coisa. O profeta disse: Portanto, o meu povo será levado cativo, por falta de entendimento (Isaias 5:13). Prince diz ainda: “Se nós permanecermos ignorantes, será nosso o custo. Perderemos muito de toda a provisão que Deus nos oferece através do sacrifício da morte de Jesus na cruz”. A ignorância nos fará pagar um alto preço, já que Deus nos faz responsáveis por tudo aquilo que deixou escrito em sua Palavra. Quantas vezes o diabo tem nos impedido de enxergarmos as promessas de Deus para nós, e passamos a viver como miseráveis! O apóstolo Paulo escreveu: “Bendito o Deus Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo”.(Efésios 1:3). O texto está claro: Deus nos abençoou com todas as bênçãos. Fico a pensar se pelo menos uma boa parte dos crentes espalhados pelo mundo tem ao menos 50% dessas bênçãos. É bem provável que não. Mas, qual é o problema? O problema é que o apóstolo diz que as bênçãos estão nos lugares celestiais. É necessário que aprendamos meios eficazes dentro da Palavra de Deus, para transportarmos o que é nosso dos lugares celestiais para o mundo material. A confissão apropriativa é com certeza um das formas que Deus providenciou para isso, para experimentarmos em nossa vida os benefícios que foram alcançados para nós. O reformador francês, João Calvino, parece ter a mesma opinião quanto à necessidade da apropriação das promessas: “Já salientei que Cristo não deixou inacabada nenhuma parte da obra da nossa salvação; mas não devemos inferir disso que já possuímos todos os benefícios obtidos por ele para nós, pois... com verdade: “... em esperança, somos salvos “ (Rm 8:32), “ ainda não se manifestou o que haveremos de ser” (I João 3:2). Nesta vida atual desfrutamos de Cristo à medida em que o abracemos por meio das promessas.”

O Que Determina a Necessidade de Libertação ?

Para sabermos o que determinará a necessidade de passarmos por um processo de libertação, devemos considerar as seguintes questões:
• Discernimento de Deus.
• Pessoas que vieram e viveram na doutrinas de engano e da mentira.
• Pessoas que tiveram profundo envolvimento com sexo ilícito.
• Persistência deliberada na prática de um determinado pecado.
• Compulsão.
• Traumas e complexos dos mais diversos.
• Vítimas de obras malignas.
• Ancestrais profundamente envolvidos no pecado.
• Pessoas consagradas a demônios desde crianças.
• Pessoas que voluntária ou involuntariamente foram incorporadas por espíritos malignos.
• Pessoas que possuem um grande número de sintomas de opressão

Espero em Cristo que Deus possa nos libertar de todas essas coisas.....


Um abraço


Pr. Edmundo